Lucky Duckies em 35 anos de carreira, a retrospectiva.

Os LUCKY DUCKIES são uma banda revivalista de “vintage swing and rock’n’roll”, fundada pelo seu vocalista Marco António em 1987. Comemora este ano 35 anos de existência com muita animação musical ao longo dos mais variados locais e palcos por onde têm passado.

 

Marco António oriundo da Póvoa de Santa Iria, perto de Lisboa, iniciou a sua formação musical aos 14 anos com a música evangélica, tanto solfejo como o órgão eléctrico. A voz não era o seu forte (pensava ele) sendo esse o motivo pelo qual abandonou o coro “gospel” que frequentava.

 

Mais tarde descobre os seus talentos e a voz estava no topo.

 

Os LUCKY DUCKIES inicialmente eram os “Promúsica”, entretanto ao fim de um ano de existência mudaram para o nome que ainda hoje prevalece.

Actuaram em festas privadas, eventos, hotéis, locais de glamour, dos pequenos palcos passaram para os grandes e hoje são um grande sucesso a nível nacional e internacional com muitas actuações e trabalhos gravados.

 

Os temas que tocam, entre originais e covers com arranjos da sua autoria fazem o seu público vibrar e reviver esses tempos áureos do Séc. XX.

Para reviver, não falamos somente de música, mas também de um cenário de palco composto por mobiliário que enquadra a época que se está a reviver assim como o guarda-roupa dos artistas. A “imagem de marca” de Marco António é sem dúvida a sua poupa bem definida.

 

Actualmente, e a título de núcleo duro, a banda tem nas vozes principais Marco António e Cláudia Faria e é composta por piano (João Carreira), bateria (Diogo Melo de Carvalho), guitarra (João Santos) e contrabaixo (Sérgio Fiúza). Por vezes para alguns eventos maiores e especiais adicionam saxofone (Kajó Soares), uma segunda guitarra (Pedro Soares) e percussão (Francisco Fernandes). Os músicos também colaboram nos coros.

 

Embora Marco António seja o seu líder e mentor, ele gosta de tratar a banda como um todo e todos tomam parte activa nos arranjos musicais e novos temas. Cláudia Faria também participa nessas tarefas.

 

Cláudia Faria juntou-se mais tarde aos LUCKY DUCKIES já no ano de 1998. Ela também tem formação musical. Iniciou-se em 1980 através da guitarra espanhola de cordas de nylon que o seu avô lhe ofereceu. Também participou, em termos musicais, em eventos na Igreja do Campo Grande em Lisboa.  A sua família que também está ligada à produção de espectáculos, portanto nessa altura já “jogava em casa”. A sua primeira função na banda foi liderar as “back-vocals”, mais tarde passa a fazer par com Marco António na frente palco na voz e no pé de dança.

 

Voltando ao Marco Antonio, que para além da música partilha o seu tempo noutras artes, nomeadamente a pintura. Desde cedo que a professora primária notou este seu talento e alertou a sua mãe para que não ficasse escondido incentivando-o a ir para Belas-Artes. Além de músico ele também é pintor.

 

Nestes tempos que vivemos recentemente de confinamento, Marco António como não podia pisar os palcos com a banda, recriou um novo modelo de negócio, satisfazendo as suas encomendas de retratos em pastel.

 

À conversa com Marco António e Cláudia Faria:

 

AMMA: Quando iniciou a formação musical na Igreja Evangélica tinha alguma ideia que iria ter este sucesso com a banda, ainda mais na voz, algo que não gostava muito dela?

Marco António:Não imaginava, nem estava para aí virado! Pensava já que queria ser advogado. A minha voz na adolescência encontrava-se em fase de transição de soprano para tenor. Hoje sou barítono. De forma que as partes de harmonia que me eram dadas a executar eram muito altas e eu quase me esganiçava. Achava que não tinha assim tanto talento. Não tinha era a parte adequada às minhas cordas vocais. Percebi isso mais tarde.

 

AMMA: Embora tenha deixado de participar na banda e no coro “Gospel”, nunca deixou a música de lado?

MA: Nunca, pois ia cantarolando e tocando lá por casa da minha mãezinha que me estava sempre a elogiar. Mas mãe é mãe! E ela também cantava muito bem, a minha saudosa querida “Ildinha” que Deus já lá tem.

 

AMMA: A Universidade marcou-o muito na música através das actuações nas famosas festas das faculdades tanto em Lisboa, como noutras cidades com tradição académica. Já era revivalista nessa altura?

MA: Sim, sempre fui revivalista ab origine! E claro, com um aspeto vintage dava nas vistas tanto para alunos como para professores. Entrei na Faculdade Direito de Lisboa em 1986, e em 1988 dava lá um meu primeiro concerto universitário que foi um sucesso. Tinha alguns professores a assistir ao concerto e curiosamente dois deles são atualmente altas figuras do Estado: o nosso Presidente da República Professor-Doutor Marcelo Rebelo de Sousa e o nosso Primeiro Ministro Dr. António Costa, assistente do referido professor catedrático de Ciências Políticas e Direito Constitucional.

 

AMMA: O grande senhor da TV, como também é conhecido Júlio Isidro chamou-o ao seu programa de então. Como foi essa participação? Estava muito nervoso?

MA: Eu já tinha feito algumas atuações em TV. Mas foi o convite para integrar o programa do Júlio “Turno da Noite” nos anos 90, num episódio em tributo a Elvis Presley que me começou a dar alguma visibilidade. Pois o Júlio, apesar de mais jovem já eram um mito, já era considerado um dos melhores e mais inovadores comunicadores sem perder a classe, pois também ele fora inspirado noutras mestres como o Fernando Pessa e o Artur Agostinho. Criou-se uma amizade que cresceu paulatinamente graças a uma admiração e respeito mútuos.

 

AMMA:  A experiência que teve na Orquestra Ligeira do Exército da Carregueira com o Maestro Sargento-Mor Pinto de Sá, quando cumpriu o serviço militar, abriu novas portas e novos projectos em mente?

MA: Sem dúvida! Fui convidado para ser “crooner” da Big Band e cantar clássicos da música americana dos Anos 30, 40 e 50. Foi mágico e deu-me alguma bagagem.

 

AMMA: Das festas particulares há umas curiosas passadas nos anos 90. Dois casamentos relacionados com dois conhecidos  e sucedidos produtores de espetáculos.  Como foi?

MA: Ah sim! O primeiro foi sermos escolhidos para animar o casamento do Álvaro Covões da Everything Is New, o homem do NOS Alive. O segundo foi o Luís Montez, que na altura era seu sócio e nos contratou para animarmos o casamento do seu cunhado Bruno Cavaco Silva, filho do então Primeiro-Ministro e que mais tarde viria a ser também nosso Presidente da República.

 

AMMA: Vamos agora a uma questão mais delicada. Numa ocasião também cantou “à capela” no funeral de um amigo. Como se consegue cantar neste ambiente envolvido num misto de emoções?

MA: Não é fácil, pois tinha um nó na garganta, mas lá consegui cantar afinado. Foi no funeral do meu querido amigo Alberto da Ponte, antigo CEO da Central de Cervejas (Sagres) e antigo Presidente da RTP.

 

AMMA: Um dos temas curiosos que compuseram, foi o Hino da Cerveja. Este trabalho partiu dos LUCKY DUCKIES ou foi alguém que vos desafiou a fazê-lo?

MA: Foi precisamente o Dr. Alberto da Ponte, ainda em vida, que, quando era Grão Mestre da Confraria da Cerveja, me entronizou como Confrade de Honra.

 

AMMA: Uma pergunta indiscreta… quando e como surge a popa e é definida esta sua imagem de marca?

MA: Desde 1977, quando vi as notícias da morte do King Elvis, que me apercebi que era um penteado que ficava bem em qualquer homem que tivesse cabelo. Pois via as fotos a preto-e-branco do meu pai e dos meus tios e reparava que eles também usaram nos anos 50 e 60 estes cortes de cabelo e que também eles pareciam galãs americanos de Hollywood. Era esse o aspeto que queria para mim.

 

AMMA: A Cláudia Faria aparece com a sua voz na banda em 1998. Nessa altura tiveram que fazer arranjos em muitos temas para contemplar uma voz feminina principal?

MA: Sim. Entrou paulatinamente e foi cantando temas lindos, mas mais adequados a serem interpretados por uma mulher, não só pela temática das canções como pela tessitura vocal adequada mais aguda e delicada de uma voz feminina. Por exemplo, introduzi logo na altura o tema “Que Será Será” da Doris Day e que eu gostava mas não cantava.

 

AMMA: Para a Cláudia foi um desafio que esperava ou para si foi uma surpresa quando passa das “back-vocals” para voz feminina principal da banda?

Cláudia Faria: Foi um misto das duas coisas. Adoro fazer arranjos de harmonias como backing vocal, mas confesso que me dá enorme prazer também ter interpretações enquanto lead singer. O Marco já me ia convidando, mas confesso que não tinha na época a mesma descontração que ele tinha. Acho que levei algum tempinho a amadurecer o domínio do palco perante multidões. Hoje estou completamente à vontade, aliás fico mais nervosa em ambientes mais intimistas com menos público.

 

AMMA: A sua formação musical, em termos instrumentais passa pela guitarra. Actualmente na banda costuma tocar num ou outro tema, ou prefere entregar a sua voz e contribuir nos arranjos musicais?

CF: Sinto-me mais confortável a cantar sem ter de me preocupar com a execução da guitarra. Mas por vezes têm vindo situações que se adequam a que eu o faça. E há registos em rádio ao vivo e programas de TV.

 

AMMA: A formação e a presença que teve na Igreja do Campo Grande foi determinante para a sua carreira?

CF: Sim, confesso que comecei lá a tocar após ter andado numa escola de música na Av. João XXI. Mas foi com o grupo de jovens que me entusiasmei mais e a debitar acordes para auto-acompanhamento.

 

AMMA: Nessa altura, a sua função era mais a voz ou o instrumento musical?

CF: Eram as duas coisas simultaneamente.

 

AMMA: Para se definir um alinhamento musical para um espectáculo o que conta mais?

MA: O tipo de evento que vamos fazer e o tipo de público que presumimos que vai aparecer. Mas não saímos das balizas do nosso conceito vintage!

AMMA: Os LUCKY DUCKIES já actuaram nos mais variados palcos pelo mundo fora, Europa, América, Médio Oriente, Oriente e também nos oceanos. Como é a vida de uma banda musical como esta a animar as noites a bordo de um cruzeiro? É um palco e um público muito diferente em relação a um espectáculo em terra?

MA: É sobretudo um público especial de variadas nações e que gosta muito de viajar, que é romântico e que aprecia muito o nosso repertório vintage. É uma batalha ganha!

 

AMMA: Têm curiosidades que queiram partilhar sobre as vossas experiências internacionais?

MA: São tantos os episódios! Lembro-me de termos actuado num Festival de Nostalgia na Sardegna, Itália, organizado no Romazzino pela Starwood Hotels Luxury Collection e de lá estar na plateia o Luís Figo com a esposa e o dono da COFINA (em mesas distintas) e só no dia seguinte descobriram que éramos portugueses. Atenção que deste festival éramos os mais desconhecidos do cartaz, pois faziam parte os Simply Red, Zucchero, Boney-M. Nesse concerto conheci o Sr. Timur Kuanishev, grande magnata do Cazaquistão que nos convidou a actuar numa megafesta do seu aniversário em Almaty, capital económica do seu país. Nessa festa estavam imensas estrelas de Hollywood na plateia a aplaudir-nos e percebemos o potencial que este projeto tinha para a internacionalização.

 

AMMA: Já que falamos de concertos, parece que já percorreram metade de Portugal continental a tocar. O convite para tocar na Concentração de Motos de Faro em 2010 onde tiveram um público de 40.000 pessoas, o que diz dizer isso para vossa carreira naquela altura?

MA: Foi realmente o primeiro megaconcerto que tivemos. Confesso que tinha algum nervosismo. Mas antes de entrar em palco, fiz uma oração ao Senhor, e claro tranquilizei-me e pensei para os meus botões: “calma Marco, eles estão alí amigavelmente para ouvir os LUCKY DUCKIES e são naturalmente aficionados em Rock’n’Roll, só tens é de interagir como amigo seles e ter algum sentido de humor!” E correu muito bem! Tenho uma grande gratidão com o Motoclube de Faro pela oportunidade que nos deu confiando-nos aquele enorme Palco Principal!

 

AMMA: Quando actuaram para personalidades estrangeiras qual foi a mais curiosa? Barac Obama? Ou têm mais alguma situação que também tenha sido curiosa? De onde partiu este convite?

MA: Sim, foi a convite dos serviços da Embaixada dos Estados Unidos da América a quando da Cimeira da NATO em Lisboa em 2010 para atuarmos para a Comitiva do Presidente Barac Obama no Lisbon Marriott Hotel. O Presidente e a Sra. Vice-Presidente Hillary Clinton ainda nos viram por uns minutos e acenaram-nos com um cumprimento gestual simpático. Foi-nos pedido na altura o maior sigilo e avisaram-nos que todos os nossos telefones estavam sobe escuta dos serviços secretos americanos naquele período. Pelo menos avisam-nos! Já passaram 12 anos hoje já não tem problema falarmos desse episódio. Para entrarmos revistaram-nos a todos meticulosamente e ao material musical também.

 

AMMA: Falando da vossa discografia, somente em 2010 decidiram editar um CD próprio com acordo com a FNAC para presença física em loja. Nunca tinham sentido essa necessidade antes? Era algo que não fazia parte da vossa ambição, ou houve algum tipo de entrave?

MA: Inicialmente não. Pois como nos dedicávamos a “pregar o evangelho do Rock’n’Roll”, e já havia tantos elementos discográficos da “Bíblia Sagrada do Rock”, achávamos que gravar covers não acrescentaria nada de novo. Mas os pedidos de fãs e sugestões de comunicadores de TV levaram-me a repensar na situação e a decidir gravar em 2010 o álbum “Glamour & Nostalgia-Part One”, sucedendo-se o “Part Two”, o “Na Língua de Camões”, o “30th Anniversary-Greatest Hits”, o  “Lucky Christmas-Christmas Classics”, e os DVD’s “Glamour e Nostalgia” e “Live At Sintra”.

 

AMMA: Até ao momento os LUCKY DUCKIES têm uma vasta discografia em que incluem temas originais e covers com arranjos personalizados e “vintage”. Fazer arranjos a um cover é uma responsabilidade muito grande? Já alguma vez tiveram algum feedback engraçado de algum artista sobre um tema seu que tenham adaptado? Se sim, como foi?

MA: Sim! Tivemos do António Calvário e do Artur Garcia que elogiaram a versão que fizemos dos seus respetivos temas “É Tão Bom” e “Amor, Amor”.  De Itália temos napolitanos a preferirem a nossa versão de “Tu Vuò Fá L’ Americano” à original de Renato Carosone, Que aliás discordo, o original é sempre o original e foi o original que nos inspirou!

AMMA: Estes dois últimos anos muito conturbados o Marco António cantor, dedicou-se à sua faceta de Marco António pintor com os retratos a pastel. O retrato é o tipo de pintura que mais tem a ver consigo ou tem algum outro que também domine e o realize como artista plástico?

MA: Sem dúvida. Conseguir ter uma expressão única de uma pessoa num retrato faz dessa obra uma obra única. Capturar a alma pelo olhar ou expressão de uma pessoa é um desafio gratificante quanto se atinge o resultado positivo.

 

AMMA: A técnica da pintura em pastel sobre papel rugoso especial é a sua preferida?

MA: Sim. Pois como sou impaciente e quero ver resultados com rapidez é a mais eficaz nesse aspecto. Alem de que se pode apagar e emendar com alguma facilidade.

 

AMMA: Durante a pandemia teve muitas encomendas? Foi um bom mercado para apostar?

MA: Confesso que sim.

 

AMMA: Que encomendas engraçadas, ou menos esperadas teve?

MA: De algumas figuras públicas e de animais de estimação.

 

AMMA: Ainda sobre a pandemia… ela esteve a dois passos de estragar a comemoração dos 35 anos de existência dos LUCKY DUCKIES, mas felizmente parece que está de alguma forma mais controlada e permitiu fazer uma excelente tournée que ainda está na estrada. Que balanço têm destes 35 anos de actividade? Que altos e baixos que tiveram, as vossas curiosidades… tem valido a pena esta dedicação?

MA: Momentos baixos nunca os houve, mas tivemos alguns momentos altos marcantes.

 

AMMA: Para este ano quantos concertos têm na agenda? Tantos já realizados como os previstos?

MA: Pelas minhas contas, sim, será mais um bom ano.

AMMA: Têm visitado muitas localidades novas? Quando regressam a uma terra que já vos recebeu no passado, vem à memória esses tempos?

MA: Claro, sempre!

 

AMMA: Embora os LUCKY DUCKIES sejam uma banda “revival”, os tempos mudam, as tendências e as tecnologias também. Qual é a vossa relação com as plataformas digitais para disponibilizar os vossos novos trabalhos em vez dos discos físicos?

MA:A melhor possível. O revivalismo é para a música e para o palco, é para o conceito. Mas não podemos ignorar que se não nos modernizarmos nos suportes pelos quais somos ouvidos, pura e simplesmente deixam de nos poder escutar, por mais que gostem! Só uma ínfima parte ouve discos de vinil, apesar de ser uma tendência crescente, mas pouco prática, e para uma pequena elite o nicho de mercado.

 

AMMA: Quanto a projectos novos, o que têm em mente para os próximos tempos?

MA: De novo é mesmo tentar novos mercados. Planeamos “invadir” Espanha”! LOL

 

AMMA: Para terminar que mensagem gostariam de deixar às bandas jovens que estão no seu início, as dificuldades que poderão vir a ter e como as ultrapassar… que postura devem ter para ter para chegar ao sucesso?

MA: Se eu soubesse a fórmula também estaríamos num patamar internacional muito maior. Mas advirto que devem estudar música, tentar ter coerência na criatividade, e serem pessoas responsáveis, humildes e cumpridoras. Devem sobretudo tratar os fãs como amigos e não como súbditos!

CF: Nunca desistam do sonho musical. É a música que dá alento àqueles que sentem que nasceram para ela. Não temos que viver economicamente dela. Pode ser um bom part-time. Se assim pensarem podem lentamente arriscar o viver da música exclusivamente. Não se deixem deslumbrar pela fama, esta é efémera. Vai e vem. É cíclica. Ser artista é ter a arte, não é viver dela!

 

Legenda das Fotos:

1) Foto para o álbum na "Língua de Camões"

2) Marco António num dos primeiros concertos da banda com o patrocínio da Harley Davidson

3) A primeira formação dos LUCKY DUCKIES em finais dos anos 80

4) Grande concerto no Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra. Esta foto serviu para capa do DVD

5) Retratos a pastel pintados pelo Marco António. 

6) Bonita moldura humana do seu público na Av. dos Aliados no Porto

 

Texto: Pedro MF Mestre

Fotos: cedidas por Marco António

 

 

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