Circo Acrobático Hunan no MEO Arena

No passado dia 21 de Fevereiro, comemorou-se a entrada no Ano Novo Chinês com várias iniciativas culturais na cidade de Lisboa (iniciou-se o ano da Cabra segundo o zodíaco oriental). De dia o centro das actividades foi a praça do Martim Moniz e a parte da noite teve o espectáculo do Circo Acrobático de Hunan no MEO Arena.

O espectáculo teve o Alto Patrocínio da Embaixada da República Popular da China. Este Circo é conceituado como sendo dos melhores do género, fundado em 1959 tendo adaptado o nome da cidade de onde é oriundo, Hunan, situada no Sul da China.

Num espectáculo com 15 actos, os 26 artistas apresentaram os seus números em que vigoram três elementos condutores: a tela central onde são projectadas imagens chave da actuação. A música envolvente que vai desde um estilo New Age com traços orientais, à música rítmica com características mais próprias do ocidente. Isto a acompanhar a destreza e mestria dos artistas que materializaram as peças.

Nos actos em que se mostrou um pouco das artes marciais de origem chinesa, a beleza dos gestos lentos e precisos, os mais rápidos e rigorosos, ao ponto de se conjugar com um ou outro número já a entrar na área da comédia, mostraram realmente o que de belo têm estas artes marciais.

A acrobacia, dança, contorcionismo, malabarismo, precisão e muito equilíbrio foram parte integrante da maioria das coreografias.

A Natureza também foi aqui muito invocada. O céu e o espaço, o fogo, a danças das flores, a água, deram um motivo e sinal de grande admiração e respeito pela Natureza nestas representações.

Neste espectáculo provou-se que a arte também tem um dialecto Universal, ou seja, pode ser compreendida por todos mesmo sem que haja uma língua em comum. Digo isto, pois principalmente os números de comédia, protagonizados pelos palhaços, fizeram rir o público do MEO Arena, independentemente da nacionalidade e idade dos espectadores.

Houve uma surpresa para quem estava à espera de um espectáculo totalmente oriental, em que em dois dos últimos actos foram representados números com características ocidentais, provando que a globalização também impulsiona a arte. Os artistas em traje de t-shirt e calções com coreografias em que utilizam bolas de basquete, conseguem associar os cestos do jogo, à exibição de acrobacia de precisão.

Os espectadores estavam concentrados principalmente na plateia, que estava cheia, contudo havia público sentado nos anéis mais próximos e também algum nos camarotes.

Nos cerca de 90 minutos de duração do espectáculo, tendo um intervalo, apreciou-se um pouco do que a cultura circense acrobática da China tem para mostrar. Os números não tinham a sequência de uma história, daí poderem diversificar e mostrar com mais variedade e riqueza o seu reportório de actuações.

 

Texto e Fotorreportagem de Pedro MF Mestre

 

Veja a reportagem fotoggráfica

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