Exposição “alheava_o ecrã indiferente” de Manuel Santos Maia
Inaugura dia 14 Janeiro de 2017, às 15h30
"alheava_o ecrã indiferente"
exposição Individual de Manuel Santos Maia
14 JAN -26 FEV 2017
Curadoria de Simone Ruivo
na
Casa – Museu Teixeira Lopes
Vila Nova de Gaia
EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL: "alheava_o ecrã indiferente"
ARTISTA: Manuel Santos Maia
COLABORAÇÃO ARTISTICA / PERFORMANCES
Silvestre Pestana, António Preto e Ricardo Bueno, Manuela Matos Monteiro e João Lafuente
CURADORIA: Simone Ruivo
INAUGURAÇÃO: 14 Janeiro de 2017, das 15h30 às 18h00
PATENTE: 14 Janeiro a 26 de Fevereiro 2017
LOCAL: Casa-Museu Teixeira Lopes, Vila Nova de Gaia
MORADA: Rua Teixeira Lopes, 32
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
terça-feira a sexta-feira 09:00–12:30, 14:00–17:00
sábado 09h00–12h00, 14h00–17h00
domingo 10h00–12h00, 14h00–17h00
segunda-feira Encerrado
APOIOS: JOCOLOR – Sublimação e Espaço MIRA
ORGANIZAÇÃO:Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia
EXPOSIÇÃO
"alheava_o ecrã indiferente" de Manuel Santos Maia
O projecto “alheava”, de Manuel Santos Maia, iniciou-se em 1999 e é constituído por dois momentos. O primeiro foi apresentado em diversos espaços expositivos nacionais e internacionais até 2014 e contemplou diversas práticas artísticas como som, vídeo, fotografia, performance, instalação, intervenção no espaço público, pintura e escultura. A segunda fase surge no momento em que Maia retorna, em 2014, após quase 40 anos de ausência, aMoçambique, ao país e lugar onde nasceu. Uma viagem realizada após uma década e meia de pesquisa e partilha pública de memórias e reflexões.
No primeiro momento do projecto “alheava”, Manuel Santos Maia parte da memória individual e familiar para abordar o alheamento de Portugal face ao passado colonial e pós-colonial. No segundo momento, "alheava_o ecrã indiferente" - a segunda de seis exposições – o artista retorna ao lugar físico da memória, aos lugares e espaços anteriormente estudados, à “cidade para prazeres” arquitectada por Pancho Guedes, o arquitecto modernista português com maior projecção internacional, para nos devolver a imagem da “não-inscrição”. O confronto com a obra do irreverente, controverso e transgressor “poeta da Arquitectura” permite ao artista dar continuidade à reflexão sobre a construção da identidade e miscigenação cultural por contraponto ao “Medo de Existir” e ao “Terror e Trauma” que não permite que consigamos sair do nevoeiro existencial que caracteriza a “não-inscrição”, segundo José Gil e que, para Hannah Arendt, é uma característica das vítimas das democracias totalitárias.
Em "alheava_o ecrã indiferente", o artista continua a cruzar a noção de documento com a experiência individual, para alcançar uma espécie de “memorabilia” colectiva, enquanto espelho antropológico que nos liga a todos pelo filtro de uma “intimidade documentada”.
PROGRAMA
14 Janeiro
15h30, Inauguração da exposição "alheava_o ecrã indiferente" de Manuel Santos Maia
17h00, Performance “alheava_o ecrã indiferente” com Silvestre Pestana e Ricardo Bueno
4 Fevereiro
16h00, Conversa “Visita a Moçambique” com Manuel Santos Maia e a curadora Simone Ruivo.
17h00, Performance “Planeamento da Cidade para Prazeres” com António Preto e Ricardo Bueno.
26 Fevereiro
Finissage da exposição individual "alheava_o ecrã indiferente" de Manuel Santos Maia
“Realmente é preciso vir ao fim do mundo e para mim pelo menos a África para descobrir as coisas mais antigas, mais arcaicas e também – por estranho que pareça, as coisas mais actuais, mais extraordinárias – coisas que foram sonhadas há 30 40 anos e que agora se estão a tornar realidade neste solo africano. O senhor Guedes, para além de ser um escultor, acredita que a pintura e a escultura não são apenas artes de prazer, mas que deveriam ser aplicadas ao lar, à vida social, à vida espiritual, à vida da imaginação e acima de tudo à arquitectura. Construiu algumas casas extraordinárias em Lourenço Marques, em Moçambique, que terão a oportunidade de ver presentemente. Toda uma arquitectura de imaginação, que, obviamente, liga Guedes às escolas Dadaístas e Surrealista e estou muito feliz por o ter conhecido aqui e por poder afirmar, em Paris, que certas obras, que não podem ter visto no Ocidente, estão a dar frutos neste novo mundo, que está em estado de ebulição – África – que irá certamente ser o mundo do futuro.”
Tristan Tzara
Introdução à palestra do arquitecto Pancho Guedes
apresentada no Primeiro Congresso de Cultura Africana,
realizado na National Gallery, em Agosto 1962, na Rhodesia.
A. d`Alpoim Guedes. “Things are Not What They Seem to Be – The Auto-Bio-Farcical Hour”. Proceedings of the First International Congresso f African Culture Held at the National Gallery. Salisbury, Rhodesia, 1-11 August 1962, 11 un-numbered pages
NOTAS BIOGRÁFICAS DO ARTISTA E DA CURADORA
ARTISTA
Manuel Santos Maia nasceu em Nampula, Moçambique, em 1970. Vive e trabalha no Porto.
Licenciado em Artes Plásticas - Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Doutorando no Doutoramento em Artes Plásticas e Artes Visuais “Modos de Conhecimento na Prática Artística Contemporânea” pela Universidade de Vigo.
Enquanto artistas, Manuel Santos Maiaexpõe regularmente desde 1999.
Em 1999 concebe projecto "alheava" que tem vindo a apresentar até ao presente ano. Contemplando diversas práticas artísticas, como a instalação, a fotografia, a pintura, o vídeo, a performance, o teatro e o som, as várias mostras têm sido apresentadas em diferentes países como Inglaterra, França, Estados Unidos da América, Bélgica, Espanha, Noruega, Macau e Argélia e em diversas cidades nacionais como Porto, Lisboa, Coimbra, Lagos, Oeiras, Guimarães, Braga, Tomar, Cascais, entre outras.
No mais recente projecto "non", idealizado em 2003 e apresentado desde 2006, como no projecto alheava MSM cruza a noção de documento com a experiência individual e familiar, para alcançar uma espécie de “memorabilia” colectiva, enquanto espelho antropológico que nos liga a todos pelo filtro de uma “intimidade documentada”.
NOTA BIOGRÁFICA da CURADORA
Simone Ruivo nasceu em Mirandela, em 1991.
Vive e trabalha no Porto.
É licenciada em Estudos de Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, onde se encontra a terminar a dissertação de Mestrado sobre espaços expositivos, intitulada “Contentor e Conteudo- O espaço expositivo como produtor e transformador de cultura (s)”( nome provisório).
Colaborou com o grupo de teatro Confederação na produção e organização de peças de teatro, ciclos de cinema e encontros, conversas e debates.
É assistente de Curadoria no Espaço Mira, no Porto.
LISTA DE OBRAS
I
Capulana - Casa leão
2016
Sublimação sobre tecido
Dimensões variáveis
II
Capulana -os dentes a raspar no futuro
2016
Sublimação dobre tecido
Dimensões variáveis
III
Capulana –Bakery Saipal
2016
Sublimação dobre tecido
Dimensões variáveis
IV
Capulana –insecto Saipal
2016
Sublimação dobre tecido
Dimensões variáveis
V
Capulana –democratizador de todas as coisas
2016
Sublimação dobre tecido
Dimensões variáveis
VI
A voz do mar
2014 _2016
Slides show
Dimensões variáveis
VII
VIVA PANCHO
2016
Escultura em cartão
Dimensões variáveis
VIII
A sombra de Pancho
2017
Retro-projecção
Dimensões variáveis