Patrícia Mamona cumpriu a sua prestação na final do triplo-salto dos Campeonatos Mundiais de Atletismo de Oregon’22 terminando no oitavo lugar com a marca de 14,29 metros.
A recordista de Portugal e vice-campeã olímpica abriu o concurso com 14,25 metros e mostrou que as mazelas de que padecia podiam estar debeladas, mas não foi assim e em sacrifício “que não foi tanto assim, pois a nossa equipa médica conseguiu milagres”, afirmou, ainda cumpriu os seis saltos da final. Pelo caminho viu a vice-campeã mundial de pista coberta, a ucraniana Maryna Beck-Romanchuk, falhar as oito finalistas, enquanto Patrícia cumpria uma série de saltos acima dos 14 metros: 14.25 m (v: -0,2 m/s) – nulo – 14.19 m (+1,9) – nulo – 14.29 m (+2.1) – 14.00 m (+2.0).
Na continuidade das suas declarações, Patrícia afirmou que “ainda ontem à noite nem dizer sim conseguia”, devido à lombalgia, “mas a equipa médica fez milagres e hoje de manhã já me sentia melhor, trabalhei de novo com a equipa médica. Estava em condições para saltar, passei à final um bocadinho “à rasca”, mas sinceramente não podia muito mais. Ficamos sempre a acreditar que é possível, mas olhando para trás vejo que era impossível”.
Patrícia acabou por referir que “a época foi muito má, com muitas lesões, muitos entraves, mas isto faz parte do desporto. Depois de um ano olímpico excelente, isso motivou-me e entrei logo a carregar. Até ao final ainda acreditei, mas estou muito apática. Estou feliz porque a equipa médica conseguiu fazer o que eu pensava que não era capaz, porque quando eu sinto isto estou vários dias a recuperar e eles fizeram-no em dois dias”.
Para a atleta é momento de olhar em frente, “recuperar, pois ainda temos Munique [os Europeus] e no próximo ano temos dois mundiais”, concluiu, a atleta, que deu mais um lugar de finalista a Portugal, depois do quinto lugar de Auriol.
Liliana Cá na final do disco
A recordista de Portugal participou no Grupo A de qualificação do disco. Não entrou bem, com um lançamento nulo (em cima dos 62 metros), mas depois lançou o disco a 61,41 metros (no terceiro fez 61,01 m) e isso colocou-a no sexto lugar do grupo. Havia que esperar pelo segundo grupo (de Irina Rodrigues).
No final da sua prova, Liliana Cá foi pragmática: “Mais um dia. Não gostei muito da minha entrada. Tenho dias bons, outros maus. Hoje foi um dia nem muito bom, nem muito mau, mas espero ficar para a final, para poder melhorar e lutar por um lugar entre as oito primeiras, que é o meu objetivo neste momento porque a minha época começou um pouco tarde”.
Depois do nulo, a atleta teve de fazer um lançamento “mais controlado, para poder arriscar mais no último. Mas com este sol a pessoa fica mais mole e acaba por não pensar quando está no círculo para executar corretamente”, concluiu.
No grupo B, Irina Rodrigues começou com um lançamento de 56,79 metros e ao segundo ensaio obteve 54,89 metros e depois fez o seu melhor ensaio, com a marca de 57,69 metros. Infelizmente não chegou para ter acesso à final.
“Senti que podia ter feito um pouco melhor, a verdade é que preciso de mais treino, acredito que em Munique estarei muito melhor. Sei que aqui é um palco grande, mas não estava ansiosa. Usei muito a força e no último isso foi evidente, não fiz totalmente a técnica e vi o disco cair rapidamente, em vez de planar. Estava muito vento e ficou assim. Não foi a minha melhor marca do ano, mas estou feliz porque conclui o meu quinto ano de medicina e estou no mundial a lançar acima de 57 metros”, disse a atleta no final da sua competição.
Lorene sem acesso às meias-finais
Entretanto Lorene Bazolo correu na segunda das eliminatórias dos 200 metros, terminando em sexto lugar, com a marca de 23,41 segundos, e logo aí percebeu que não lhe dava o acesso às meias-finais.
“Fiz o melhor que podia, dei tudo o que tinha, e saiu esta marca. Agora é voltar a trabalhar e focar-me para o europeu”, referiu, adiantando não estar “desiludida. Quando corre mal é o contrário, aprendo com isso. Este resultado deixa-me a refletir”.