A Academia Equestre João Cardiga-AEJC, está presente no 16th HETI International Congress 2018, que decorre de 25 a 29 de Junho, em Dublin, com dois trabalhos nas áreas da Terapia Assistida por Equinos e Equitação Adaptada.
A autora principal é Joana Figueiredo Gonçalves que, para alem de psicomotricista e técnica de equitação terapêutica, desenvolve trabalhos de investigação nas áreas da Terapia Assistida por Equinos e Equitação Adaptada, e contou com a colaboração de Cláudia Almeida e da Professora Doutora Ana Rodrigues, da Faculdade de Motricidade Humana-FMH, com quem a AEJC assinou protocolo de colaboração.
Os trabalhos submetidos e aceites, para apresentação no maior congresso mundial de Equitação com Fins Terapêuticos, o 16th HETI International Congress 2018 visaram o tratamento de dois tópicos distintos:
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A intervenção na Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, com resultados animadores. Ao contrário do que avançam os poucos estudos internacionais nesta perturbação, documentámos uma evolução importante no impacto dos seus sintomas
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nos contextos escolar e familiar, no caso de um pré-adolescente. A metodologia inovadora utilizada parece justificar estes resultados e reforça a importância de planear e documentar as intervenções de acordo com recomendações clínicas.
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O papel do psicomotricista nas equipas de Equitação com Fins Terapêuticos. A maioria dos estudos publicados a nível mundial tem na sua base metodológica a Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia e até Terapia da Fala. Dependendo dos países
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onde os estudos são publicados, a referência a metodologias da Psicomotricidade tem sido mínima ou inexistente. Tendo em conta que o Psicomotricista tem uma identidade que o distingue dos outros profissionais pela intervenção com o corpo em
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movimento - na relação com o outro e com os contextos - é premente conceptualizar de que forma é que a mesma pode ser feita.
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Este trabalho apresenta então um paradigma inovador, que pode dar destaque a Portugal e é importante por várias razões:
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a) em Portugal, os Psicomotricistas parecem ser dos terapeutas que mais intervenções conduzem nesta área, a par dos Fisioterapeutas. Porém, não existem modelos de trabalho recomendados e que forneçam orientações profissionais.
b) os modelos de trabalho internacionais mais aclamados não contemplam a Psicomotricidade - a profissão ainda é desconhecida na maioria desses países;
c) a metodologia de trabalho acrescenta técnicas e uma visão mais ampla e que se referem a aspetos pouco exploradas por profissionais de Equitação com Fins Terapêuticos;
d) a Psicomotricidade dá uma resposta mais específica a determinadas necessidades da população, contribuindo para um leque mais diversificado de utentes.
Com esta presença, a AEJC e a FMH prosseguem os seus objetivos ligados à investigação e aumentar a rede de contactos e parcerias com profissionais e associações dos outros países.