Os 136 corredores sairam de Ourique debaixo de chuva, pelas estradas do litoral alentejano. Até Odemira houve jovens corredores corredores portugueses a tentarem dar um ar de sua graça, casos de Samuel Magalhães, David Rodrigues e Frederico Oliveira, da Liberty-Feira. As fugas foram sempre controladas pela equipa do camisola amarela. Com os ataques a acontecerem a um ritmo alucinante, saliência para o trabalho coletivo da Efapel-GlassDrive que tudo fez para proporcionar a Marco Cunha e a Filipe Cardoso uma chegada em pelotão compato, onde pudessem fazer a diferença.
Já depois da última meta volante, a cerca de 20 quilómetros da chegada, Thomas Zirbel, colega de equipa Scott Zwizanski, e o português Diogo Nunes (Carmim-Tavira) conseguiram preciosa vantagem, que se revelaria decisiva. Zirbel foi o mais forte, com menos 9 segundos que Scott e menos 14 em relação ao português. A camisola amarela continua entregue a Jasper Stuyven (Bontrager), com Filipe Cardoso, Efapel-GlassDrive, a subir à 7.ª posição da geral, a 1m,07s. Continua como o melhor português, pelo terceiro dia consecutivo.
A etapa desenrolou-se de "uma forma normal, com a equipa do camisola amarela a controlar o tempo das fugas, de maneira a que não houvesse mexidas na geral individual. A nossa equipa tudo fez para uma chegada em pelotão compato, de forma a que o Marco Cunha, ou o Filipe Cardoso, pudessem discutir o triunfo", menciona Rui Sousa.
Os úlimos quilómetros estiveram longe de tranquilizar os corredores. "Tenho que ser crítico deste final de etapa, com perigo real. Uma descida como aquela e uma curva, a cerca de 170 metros da meta, não são particularmente decisões felizes. Houve mesmo uma queda que envolveu entre 20 a 30 ciclistas. Passei com a máquina à mão, vi corredores no chão e com a velocidade que é colocada em cada chegada de etapa poderíamos ter assistido a outras consequências", critica.
Rui Sousa está consciente da "rodagem maior" das equipas estrangeiras que estão na Volta ao Alentejo, mas dá voz à ambição coletiva da armada de Carlos Pereira. "Custou muito perder daquela forma, na chegada a Mértola, mas temos apenas mais um dia para vencer. Sabemos que é difícil, mas tudo iremos fazer para darmos uma alegria aos patrocinadores e adeptos. Esta é uma fase em que não estamos na condição ideal, já se nota grande desgaste no pelotão, mas este domingo tentaremos, de novo, ganhar", garante o corredor de 36 anos, natural de Barroselas.
Para além do símbolo de líder, o mais ambicionado, Jasper Stuyven lidera a classificação da Juventude e dos Pontos, com o português Daniel Silva, o primeiro camisola amarela, a ter o 1.º lugar na Montanha. Por equipas, comanda a OFM, com a Efapel-GlassDrive na 4.ª posição, a 2m,32s.
Tudo em aberto na emocionante 31.ª Volta ao Alentejo, que terá o seu 31.º vencedor diferente, este domingo!
Classificação da 4.ª etapa:
1.º Thomas Zirbel (OPM) 3h,39m,11s
2.º Scott Zwizanski (OPM) a 9s
3.º Diogo Nunes, Carmim-Tavira, a 14 s
8.º Marco Cunha, Efapel-GlassDrive, a 32s
Geral Individual:
1.º Jasper Stuyven (Bontrager), 16h,,11m,22s
2.º Chad Haga (OPM) a 18 s
3.º Alejandro Marque (OFM) a 23s
7.º Filipe Cardoso (Efapel-GlassDrive) a 1m,07s
23.º Sérgio Sousa, Efapel-GlassDrive, a 1m,55s
36.º Hêrnani Broco, Efapel-GlassDrive, a 2m,48s
43.º Marco Cunha, Efapel-GlassDrive, a 5m,19s
84.º Nuno Ribeiro, Efapel-GlassDrive, a 13m,08s
92.º Ricardo Vilela, Efapel-GlassDrive, a 15m,14s
98.º Arkaitz Duran, Efapel-GlassDrive, a 15m,40s
131º Rui Sousa, Efapel-GlassDrive, a 33m,52s
Geral Pontos:
1.º Jasper Stuyven (Bontrager), 63p
2.º Chad Haga (OPM), 33p
3.º Filipe Cardoso (Efapel-GlassDrive) 30p