Direção da FPR celebra primeiro ano de mandato e Equipas Nacionais definem-se em Montemor-o-Velho

No mesmo dia em que a Direção em funções na FPR celebra um ano de mandato, prepara-se um dos momentos mais importantes para as aspirações dos atletas que pretendem representar Portugal nas principais competições internacionais de Remo em 2014: os decisivos Testes de Água, agendados para o próximo sábado em Montemor-o-Velho.



O processo de seleção, que arrancou em Outubro de 2013, compreende sete fases de testes com distâncias distintas e realizados em ergómetros e na água. Para cada uma destas fases foi divulgada uma tabela de tempos mínimos que os atletas tinham necessariamente de cumprir.



Luís Ahrens Teixeira, Presidente da FPR e responsável pelo Alto Rendimento refere que "a metodologia que idealizámos e que colocámos em prática não é, de todo, inovadora. O objectivo é simples e extremamente claro: temos de elevar o nível desportivo dos Remadores das Equipas Nacionais e fazer com que os seus níveis de performance se aproximem gradualmente dos níveis de desempenho internacionais. O mesmo é dizer, que procuramos que os nossos atletas se sintam impelidos a trabalhar para evoluir física e tecnicamente, mas que aprendam também a controlar as variáveis que efectivamente podem controlar, que interiorizem as boas práticas e principalmente que se aproximem do nível desportivo dos adversários que terão pela frente nas principais competições internacionais. Não abdicar de níveis de exigência elevados, colocar o remo nacional todo na mesma página e fazer com que todos ambicionem mais é um desafio que deve motivar qualquer agente do remo"



Nesta sétima etapa do processo, os atletas que, tendo ultrapassado as etapas anteriores, marcarão presença na Pista do Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, a partir das 09:00 de sábado, têm pela frente uma prova de 2000 metros (a distância olímpica) em formato de contrarrelógio e uma final. Feito o balanço destes testes e o exercício de procurar as combinações de tripulações que com maior potencial de sucesso, ficarão definidas as Equipas Nacionais 2014.



Fazendo o balanço de um ano de mandato, no que ao Alto Rendimento diz respeito, Luís Ahrens Teixeira sublinhou ainda que "é necessário que a modalidade tenha bem presente onde se encontra e que, para conferirmos sustentabilidade à modalidade e ao seu sistema de formação para o alto rendimento, precisamos de alcançar prestações que cumpram o estabelecido na lei para a obtenção do estatuto de Alto Rendimento.
Para se ter uma ideia, do que isto representa podem dar-se alguns exemplos:
- No escalão Sénior, um barco olímpico, como é o caso do LM4-, teria de se classificar nos cinco primeiros lugares de um Campeonato da Europa com o nível de participação do registado em 2013;
- Já no caso de um barco não olímpico, como o LM2- a lei obriga a que se obtenha uma classificação no primeiro terço da tabela para conferir estatuto de AR aos atletas. O mesmo é dizer que, se o Europeu tiver os mesmos participantes que teve em 2013, é necessário alcançar uma medalha. Estes exemplos são por si só suficientes para se entender que a FPR não pode abdicar dos critérios já definidos.
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Sobre o balanço do trabalho feito pelos atletas até esta fase, o líder federativo manifestou-se optimista: "Portugal tem dois atletas (o Nuno Mendes e o Pedro Fraga) que estão ao nível dos melhores do mundo e que, se trabalharem no máximo das suas capacidades, podem estar entre um restrito lote de atletas com legítimas aspirações a sonhar com medalhas. No que ao trabalho desenvolvido pelos demais atletas diz respeito, faço um balanço positivo. A entrega tem sido notável e não há dúvidas que elevaram o seu desempenho, sendo certo que há ainda um caminho muito longo pela frente até chegarmos ao nível que iremos encontrar em competição. Sentimos que os atletas e os técnicos interiorizaram que sistema implementado defende quem trabalha e certamente que no próximo ano vamos ter um universo maior e mais combativo de candidatos às Equipas Nacionais. Queremos contar com empenho de todos para elevar o nosso nível desportivo. Para que o remo se possa afirmar como uma modalidade de sucesso é necessário o empenho de todos e a focalização absoluta no essencial e deixar de lado o acessório. Ainda se perde muito tempo e muita energia a discutir e a falar de assuntos que não fazem os nossos barcos ser mais rápidos. É preciso avançar pois os nossos adversários não esperam."

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