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Nuno Borges surpreendido nas meias-finais do Maia Open

 
- Maiato termina a época sem o título mais desejado
- Borges/Cabral vice-campeões de pares no adeus a 2022
A jogar em casa, o maiato Nuno Borges foi derrotado nas meias-finais de singulares do Maia Open e não conseguiu terminar o ano com uma vitória em casa, no torneio do ATP Challenger Tour que a Federação Portuguesa de Ténis e a Câmara Municipal da Maia organizam até domingo no Complexo Municipal de Ténis da Maia.
 
No duelo inaugural da jornada deste sábado, Nuno Borges (93.º classificado no ranking ATP e primeiro cabeça de série) esbarrou no austríaco Maximilian Neuchrist (359.º) que venceu por 5-7, 6-3 e 7-6(1) ao cabo de 2h48 para chegar pela primeira vez na carreira à final de um torneio Challenger.
 
Favorito para o encontro e para o título do Maia Open, o herói local parecia encaminhado para regressar à final do torneio da sua cidade, sobretudo depois de ter salvo dois set points no parcial inaugural para vencer os últimos cinco jogos do set.
 
Só que uma entrada em falso no segundo parcial – provavelmente a acusar o desgaste da recuperação anterior – levou tudo para o parcial decisivo, ainda que no sétimo jogo quase tenha surgido um déjà vu do set anterior quando o número dois nacional dispôs de um break point para encetar nova recuperação.
Chegados ao terceiro e decisivo parcial, Nuno Borges esteve sempre na frente por servir em primeiro lugar, mas Maximilian Neuchrist lidou constantemente bem com a pressão do marcador, salvando as três chances do português para quebrar o ‘saque’ e cedendo apenas um ponto nas duas ocasiões que serviu para não perder o duelo.
 
O tie-break final acabou por não correr nada bem ao tenista da casa ao cometer cinco erros não forçados (o primeiro deles uma dupla falta, no ponto inaugural), em contraste com a racionalidade e assertividade do austríaco, agressivo durante todo o encontro, a servir a bom nível, corajoso e com uma capacidade defensiva (muitas esquerdas em slice para permanecer no ponto) pouco conhecida nele.
 
Deste modo, Nuno Borges falhou a repetição da final que jogou há um ano e que seria a sexta da carreira no circuito secundário. Mas na terra batida do court central da Maia já tinha celebrado, na véspera, um dos grandes objetivos que tinha neste regresso a casa, ao garantir a entrada direta no quadro principal do Australian Open.
 
"Hoje foi um dia pesado. Custou-me muito fazer o meu jogo e fiquei muito aquém. Dei o que tinha, mas não foi muito e não consegui aproveitar o ascendente que achei que tinha a meu favor”, lamentou o maiato de 25 anos na conferência de imprensa.
 
"Arrependo-me de muita coisa que disse, de muita coisa que fiz e não me orgulho de como joguei e agi. Tenho de aprender a jogar estes encontros da melhor maneira e passar por isto ajuda-me a aprender”, acrescentou Borges, que não conseguirá fechar a temporada dentro do top 100 mundial.
 
Quanto a Maximilian Neuchrist, que começou a semana a salvar um match point no qualifying e entretanto “desenhou” a melhor campanha de toda a carreira ao contrariar as próprias expetativas, vai fechar a temporada de 2022 com a primeira final no ATP Challenger Tour.
E será uma final marcada pela coroação de um campeão inédito, dado que do outro lado do court estará Luca Van Assche. O francês, de apenas 18 anos e campeão de Roland-Garros júnior em 2021, já ocupa o 176.º lugar no ranking mundial e este sábado derrotou o australiano Aleksandar Vukic (140.º) por 1-6, 6-2 e 6-3, uma recuperação que lhe permitiu celebrar a quarta passagem da carreira a finais desta dimensão.
 
Todas as decisões aconteceram nos últimos dois meses, com a final do Maia Open a partilhar com a primeira o país de origem: foi no Del Monte Lisboa Belém Open (a etapa do ATP Challenger Tour organizada no CIF — Club Internacional de Foot-Ball) que no início de outubro foi finalista pela primeira vez. Depois, repetiu o vice-campeonato em Brest (França) e Valência (Espanha), esta na última semana.
A fechar a jornada, o Maia Open coroou os britânicos Julian Cash e Henry Patten como campeões de pares.
Chegados à derradeira etapa do ano como equipa sensação da temporada, Cash e Patten superaram os campeões de 2021, Nuno Borges e Francisco Cabral, no match tie-break decisivo, por 6-3, 3-6 e 10-8 após 1h21, e ergueram o 10.º título lado a lado a este nível — não só foram todos celebrados na segunda metade da temporada, como constituem um novo recorde de época para uma dupla no ATP Challenger Tour.
 
Se Borges fecha o ano sensivelmente como um dos 100 melhores de singulares (o ranking final rondará o 115.º lugar) e de pares, Cabral terminará a época que o afirmou como especialista de pares dentro do top 60 mundial da variante. Juntos, os dois conquistaram três títulos Challenger em cinco finais e alcançaram a glória no Millennium Estoril Open, mas com outros parceiros o portuense ainda arrecadou mais um título no circuito secundário e outro ao mais alto nível.
 
 
A quarta edição do Maia Open chegará ao fim no domingo, com a final de singulares entre Maximilian Neuchrist e Luca Van Assche marcada para as 13 horas.
 

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quinta-feira, 18 de abril de 2024 – 01:44:26

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