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O triatleta português participou e venceu no dia 21 de outubro a prova de IRONMAN 70.3 em Xangai, na China, o resultado que lhe faltava depois do 2º e 3º lugares nesta distância.
O triatleta que vive no Dubai já tinha conseguido bons resultados este ano, ao obter um segundo lugar no IRONMAN 70.3 em Taiwan e um terceiro em Portugal, no IRONMAN 70.3 em Cascais.
Fazendo o balanço após uma das últimas provas da época, Filipe Azevedo equaciona a possibilidade de se dedicar a competições desta distância no futuro, já que este foi um ano de estreia com excelentes resultados. Nesta prova em concreto, com um nível elevado, Filipe não sabia se conseguia alcançar o objetivo que se tinha proposto em fica no top 3.
«A prova correu bastante bem, senti que não estava na mesma condição física que há uns meses atrás, mas tentei fazer a prova com o objetivo de alcançar uma posição no pódio.» conta o triatleta.
O percurso era rápido e fácil, completamente plano, o segmento de natação com água totalmente lisa, 90km de ciclismo numa estrada de ida e volta, e com a corrida à volta do espetacular lago Dishui, em Shanghai.
«Na natação consegui ficar no grupo principal, havia dois atletas mais avançados, mas senti que não valia a pena o esforço de os acompanhar – já tinha tentado em provas anteriores -, sendo preferível resguardar-me um pouco, sem me expor logo ao desgaste. No ciclismo tentei ir logo em primeiro desde o parque de transição (sem contar com os dois atletas que se mantiveram na frente do triatlo desde o início), mas passados 10km eu e cerca de seis atletas conseguimos apanhar os primeiros.»
Numa prova tão longa como o IRONMAN 70.3 (metade da distância completa do IRONMAN), é normal que o triatleta passe por diferentes estados físicos e mentais, alternando sensações melhores e piores.
«Foi uma prova tática, com alguns ataques, mantendo-me sempre no grupo principal, fiz um segmento de ciclismo bastante rápido. Na corrida tive algumas cãibras, ao ponto de me sentar para calçar os sapatos, demorando algum tempo. Fiz os primeiros 5km rápidos para alcançar o grupo da frente, consegui apanhá-los ao fim de 4km. Quando cheguei ao grupo tentei atacar e descolar, mas não consegui, não tive hipótese de o fazer.»
Filipe sofreu desgaste pelo esforço anteriormente realizado, mas seguiu uma estratégia de gestão do esforço, por vezes sentindo-se com força para atacar, outras sentindo que tinha que se poupar; no final ficou com mais dois atletas já conhecidos e comprenedeu que a única maneira de conseguir alcançar a vitória seria com a quebra de um deles e vencendo o outro ao sprint. A 3km do fim concretizou-se aquilo que previa:
«Fiquei só eu e o triatleta de África do Sul, que ganhou um full IRONMAN há algumas semanas atrás. Comecei a perceber que se tivesse alguma chance seria ganhar ao sprint este atleta porque tenho experiência em provas mais curtas, esperei pelo sprint final e consegui aumentar o ritmo mesmo no fim.»
Filipe Azevedo sai desta prova muito satisfeito com esta vitória: «Era o trofeu que me faltava, já tinha conseguido segundo e terceiro lugares em 2018, sendo por isso um bom ano de estreia. Considero eventualmente no futuro dedicar-me apenas a esta distância» conclui.
Em segundo lugar ficou Matt Trautman 03:46:23 da África do Sul, com quem Filipe Azevedo ganhou ao sprint. Na terceira posição subiu ao pódio o australiano Mitchell Robins com 03:46:50.