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De atleta de Gira-Volei a profissional de saúde

 

 

"A paixão pelo Voleibol mantém-se”.


Cláudia Melo foi sempre uma pioneira. Foi a primeira praticante de Gira-Volei a alcançar a Selecção Nacional de Seniores, abrindo caminho a atletas como Alexandre Ferreira, capitão da Selecção Nacional de Seniores Masculinos, ou mais recentemente Afonso Reis (distribuidor), Manuel Meirinho ou Miguel Sinfrónio, atletas de clubes da I Divisão e que são chamados regularmente à Selecção Principal.


Agora, enquanto profissional de saúde, continua a ocupar a linha da frente, aplaudindo as medidas adoptadas pelos portugueses face a um problema de dimensões mundiais.

 

– Enquanto profissional de saúde, como vês a situação que se vive em Portugal, relativamente a outros países afectados pela pandemia de Covid-19?


“Sou médica interna do 4.º e último ano da especialidade de Medicina Geral e Familiar num Centro de Saúde em Tarouca. Isto significa, no contexto da luta actual à Covid-19 que, na grande maioria das tarefas, já tenho total autonomia. Actualmente estou a dar apoio numa área dedicada à Covid-19 em Moimenta da Beira, distrito de Viseu.
Portugal foi, de facto, dos países que mais precocemente tomou medidas preventivas e tudo indica que isso está a fazer toda a diferença na forma como o vírus afectou e afecta o nosso País. No entanto, é muito importante não baixarmos as armas e mantermos todas as medidas de isolamento social e de higiene das mãos (entre outras) que foram recomendadas pela Direcção-Geral de Saúde (DGS) até ao fim. Infelizmente, tudo indica que esta batalha está longe de acabar, especialmente quando consideramos o panorama mundial.
A evolução da pandemia nos outros países, especialmente nos nossos vizinhos aqui da Europa, poderá também ter um enorme impacto na forma como a vida no nosso País vai regressando à “normalidade”. Todos estes são factores que teremos de ir reavaliando ao longo dos próximos meses e que, a mim pessoalmente, me deixam apreensiva perante todo este quadro.
No entanto, quando temos em conta o panorama mundial, tudo indica que a evolução em Portugal está a ser muito favorável nesta luta contra o vírus”.

 

– O que mais te tem marcado como profissional de saúde?


“Aquilo que mais me tem marcado tem sido toda a solidariedade para com os profissionais de saúde e toda a procura/preocupação em ajudar as equipas que estão na primeira linha. Isto sim, está a marcar esta fase para mim, e é algo que me deixa pessoalmente muito sensibilizada”.

 

– Que mensagem podes dar às pessoas, neste momento?


“A mensagem, nesta fase, é sempre a mesma: “Respeite as recomendações da DGS”, uma vez que isto ainda está longe de acabar. Vamos ter de manter as medidas de isolamento. Vamos ter de manter todos os cuidados. Tenho ficado com a sensação que muitas pessoas estarão a ficar mais relaxadas com toda esta situação, tenho visto mais pessoas na rua do que gostaria e admito que isso me está a deixar apreensiva”.

– Achas que este momento negativo trouxe alguns aspectos positivos?
“Sem dúvida que trouxe aspetos positivos, não só a solidariedade que falei
anteriormente, mas também o descobrir de um «novo mundo» em casa. Este momento negativo trouxe toda uma partilha de momentos que com a correria do dia-a-dia normal seria impensável, não só no seio familiar mas também com os nossos vizinhos.
A diminuição da poluição, com a redução no tráfego rodoviário, também é outro ponto bastante positivo que se verificou em todo o planeta”.

 

 

“O Voleibol foi e sempre será uma paixão”

 

– Ainda segues o Voleibol? O que é que te marcou mais como praticante?


“Sigo com regularidade os campeonatos de Portugal e do Brasil, na verdade, os meus tempos livres são passados a ver jogos de Voleibol. A paixão pelo Voleibol mantém-se.
Como praticante marcou-me mais o momento em que eu e a Luísa Paiva fomos viver para o Porto com 16 anos, em 2006. Foi um ano de muitas mudanças, mas que valeu todo o esforço. Voltaria a abdicar do conforto da minha casa em Lamego para praticar Voleibol a nível federado (na altura não tínhamos essa possibilidade em Lamego). Foi e sempre será uma paixão”.

 

 

– Começaste no Gira-Volei e chegaste à Selecção Nacional. Que mensagem podes dar aos futuros atletas de Voleibol que agora praticam Gira-Volei, se bem que confinados a casa?


“Comecei a dar os primeiros passos no Voleibol no desporto escolar e no Gira-Volei. O Gira-Volei tem, para mim, algumas vantagens relativamente ao Voleibol de pavilhão, como, por exemplo, o número reduzido de pessoas necessário para fazer um jogo e o contacto mais frequente com a bola. Para quem está confinado a casa, facilmente pode pegar numa bola e jogar contra a parede. Pessoalmente, admito que fiz isso muitas vezes, quando todos estavam cansados de jogar e eu ainda queria dar uns toques”.

 

Fotos - Cláudia Melo

 

 

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sexta-feira, 19 de abril de 2024 – 21:20:21

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