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Portugueses vitoriosos no Munial de Sub-19

O segundo dia de competição do Quadro Principal do Campeonato do Mundo de Sub-19 em Voleibol de Praia continuou a dar alegrias ao público português que tem afluído, com assiduidade, aos estádios montados nas praias do Porto e de Matosinhos adjacentes ao Edifício Transparente.

 


Portugal conta com uma dupla qualificada para a fase eliminatória e outras três ainda com hipóteses matemáticas de se qualificarem, se vencerem hoje os respectivos compromissos do último dia de competição da fase de grupos.
 

 

Os heróis do dia foram Artur Resende e Dinis Alves. Esta dupla soma já três vitórias, sendo a primeira a garantir a qualificação para a segunda fase (eliminatória) do Mundial.

 


Mais: apesar de estarem já qualificados, Artur e Dinis não perderam a ambição e prometem lutar, hoje, frente aos russos Yarzutkin / Stoyanovskiy, pelo segundo lugar na Poule F.
 

 

Ontem, Artur Resende e Dinis Alves superiorizaram-se facilmente (2-0: 21-5 e 21-8) à dupla da Serra Leoa Sachin / Andre e, depois, à dupla Dmitriyev / Polichshuk (Casaquistão): 2-0 (21-9 e 21-11), naquele que terá sido a sua melhor exibição, indiciando uma nítida subida de rendimento consoante o desenrolar da competição.

 

Dinis Alves confessou:
"Este foi o nosso melhor jogo até agora. Tornámos o jogo mais simples do que seria de esperar. Estamos a jogar bem, mas não chega; temos de melhorar jogo após jogo, pois ainda queremos mais...
Sabemos que cada vitória nos irá fazer defrontar adversários cada vez mais fortes, mas estamos neste Mundial para isso mesmo, para vencer os melhores".
 

 

Artur Resende fez o rescaldo, positivo, do dia:
"O jogo de hoje de manhã, com a dupla de Santa Lúcia, foi muito mais acessível e garantiu-nos, desde logo, o apuramento. Agora, com o Casaquistão, estava em causa o terceiro lugar na Poule, que garantimos ao vencer, mas se voltarmos a ganhar amanhã, poderemos chegar ao segundo lugar e sermos mesmo os segundo melhores das poules, garantindo assim a passagem directa aos oitavos-de-final [2.ª Ronda].
 

Tivemos alguma sorte no sorteio do Quadro Principal, algo que alegrou todos os representantes de Portugal neste Mundial, mas, infelizmente, houve outras duplas que não foram tão felizes, como o Pombeiro e o Jardim, que apanharam um grupo mais competitivo e duplas bem mais fortes. Infelizmente, e a jogar muito bem, talvez até melhor do que nós em muitos momentos, foram sempre à negra e não conseguiram conquistar a vitória. Essa foi a parte negativa do dia.
As outras duplas têm hoje mais um jogo e espero que saiam todas com a cabeça levantada, pois para alguns de nós será o último Mundial de Sub-19, mas haverá outros de Sub-21 e de Sub-23, bem como Europeus".

 

 

Na Poule D, Bernardo Silva e Bernardo Leite defrontaram as duplas DeFalco / Richard (Estados Unidos) e Bramont / Arias Heredia (Peru). No primeiro, a vitória sorriu aos norte-americanos por 2-1: 21-15, 12-21 e 15-12), mas depois os portugueses rectificaram a mão no segundo jogo, frente aos peruanos: 2-0 (21-17 e 21-9).
Os Bernardos, como são carinhosamente apelidados, estão a criar sensação, já que são provenientes da Fase de Qualificação, onde perderam com os brasileiros Gabriel e Jonas, e voltam a encontrar, amanhã, esta dupla, num jogo decisivo que poderá significar a «vingança» da equipa das quinas.
Bernardo Silva justifica:
"Os brasileiros venceram-nos num jogo muito equilibrado. Têm uma dupla com mais qualidade do que a nossa, mais rodada, mas vamos enfrentá-los com a nossa determinação e garra e acreditamos que poderemos chegar à vitória e à qualificação.
Uma das duplas de Portugal no Quadro Principal ficou já pelo caminho [Pombeiro / Jardim], apesar das boas exibições que realizou, devido, sobretudo, ao facto de ter disputado uma Poule muito complicada.
A outra dupla está já qualificada para a fase seguinte [Artur / Dinis] e nós vamos fazer tudo por tudo para a acompanharmos".

 

 

Na Poule A, Francisco Pombeiro e José Jardim perderam (1-2: 21, 18-21 e 9-15) com os alemães Thole e Gobert.
Depois, defrontaram a dupla italiana Felice / Mazzon e perderam novamente na «negra» (1-2: 21-15, 12-21 e 17-19), depois de terem vencido o primeiro set, o que aconteceu em três dos quatro jogos disputados neste Mundial, perdendo qualquer hipótese de se qualificarem para a fase eliminatória.
Francisco Pombeiro confessou:
"Custa sempre perder um jogo, mas este é muito difícil de esquecer, porque significa que vamos ficar fora da prova, já que não adianta nada vencermos os checos amanhã e principalmente porque o jogo com os italianos não teve nada a ver com os outros jogos.
Não nos comportámos da mesma maneira, não mostrámos a alegria que caracteriza a forma como fazemos aquilo que mais gostámos, que é jogar Voleibol. Entrámos bem no primeiro set e conseguimos ganhar a uma equipa que considero mais fraca do que nós, mas depois, estivemos quase irreconhecíveis e perdemos os dois sets seguintes, na negra com alguma falta de sorte, mas mais por demérito nosso do que por mérito dos italianos".
José Jardim: "Cada jogo que disputámos, estamos a aprender. Entrámos bem no primeiro set, comunicámos bem um com o outro. Depois, no segundo, estivemos mal. No terceiro voltámos a jogar bem, mas não conseguimos fechar o último set a nosso favor mais uma vez.
É verdade que o nosso grupo era difícil, mas houve jogos que perdemos única e exclusivamente por nossa culpa e isso custou-nos a qualificação".
Amanhã, a dupla lusa defronta os checos Gala e Bercik no último jogo da Poule F e, se vencer, mantém intactas as hipóteses de passar a fase de grupos.

 

 

Duplas de femininos não desistem
 

 

Em femininos, Gabriela Coelho / Mariana Maia e Ana Martins / Margarida Vasques mantêm-se na luta, cada vez mais acérrima, pela qualificação.

 


Na Poule A, Gabriela Coelho e Mariana Maia começaram por jogar com as brasileiras Paula Hoffmann e Ana Patrícia (0-2: 15-21 e 8-21), tendo enfrentado, seguidamente, as manas canadianas Megan e Nicole McNamara (0-2: 11-21 e 18-21).
No final, Gabriela Coelho reconheceu:
"Hoje, o primeiro set não nos correu bem e isso condicionou o jogo, já que no segundo set demos luta até ao fim.
Contudo, como no primeiro dia conseguimos uma vitória frente às representantes do Ruanda, continuamos com hipóteses de nos qualificarmos para a próxima fase, tudo dependendo de um triunfo sobre as francesas Placette e Richard, amanhã, um objectivo pelo qual iremos lutar até ao fim, dando o nosso máximo".

 

Na Poule F, Ana Martins e Margarida Vasques defrontaram Lassyuta / Pimenova, do Casaquistão, tendo vencido por 2-0 (22-20 e 21-17) e, seguidamente, as norueguesas Helland-Hansen e Perren, tendo perdido por 1-2 (18-21, 22-20 e 12-15).
A jovem dupla portuguesa fecha a sua participação neste Mundial, hoje, diante do par austríaco Geßlbauer / Radl, ainda com algumas «chances» de se apurar para a fase seguinte.

 


Ana Martins resumiu:
"A luta ainda não acabou, embora tudo esteja mais difícil. Se tivéssemos vencido as norueguesas, tudo seria mais simples, pois um triunfo amanhã dar-nos-ia a qualificação.
Faltou-nos alguma experiência, mas creio que perdemos nos pormenores. Elas tiveram mérito, mas igualmente alguma dose de sorte. Entrámos bem na negra e podíamos ter vencido... ainda não sei bem o que se passou.
Ao longo do tempo temos vindo a melhorar muito e este foi, sem dúvida, o nosso melhor jogo. Estou muito desiludida.
No cômputo geral, acho que todas as duplas poderiam e quereriam fazer melhor, mas há duplas de femininos e de masculinos ainda na luta pela qualificação e isso é de assinalar".

 


Diogo Maia e Tomás Silva com «saudades» do Mundial

 


Diogo Maia e Tomás Silva formaram dupla na última edição do Mundial de Sub-19. A tenacidade e garra que colocavam em campo conquistaram em 2013 os espectadores e recompensaram-nos com um excelente 9.º lugar na classificação final.
 

 

Diogo Maia revela:
"Dá sempre aquela saudade, sente-se aquele bichinho ao chegar a este estádio e ver os nossos colegas, pois também queríamos estar outra vez na pele deles e viver os momentos que vivemos, mas também estamos aqui para apoiá-los e fazê-los sentir que estamos ao seu lado.
O nível de um Mundial é sempre alto, pois apresenta sempre jovens com muito potencial. Considero que Portugal está a fazer um trabalho muito bom e os nossos atletas levam estas participações muito a sénior, pelo que acredito que conseguiremos atingir o nível das três ou quatro potências que aqui estão e, se Deus quiser, mantermo-nos nesse patamar".
 

 

Tomás Silva analisa:
"Têm sido muitas «negras» perdidas, com muito azar à mistura. Não temos tido a sorte do nosso lado, mas ainda há mais jogos pela frente e acredito que as duplas portuguesas vão conseguir mostrar o seu valor e superiorizar-se aos adversários.
Encarar uma derrota é sempre complicado, mas é preciso continuar a lutar e só com muito treino e outras oportunidades de participarmos em competições internacionais deste nível é que conseguiremos atingir o nível do Voleibol praticado pela melhores duplas mundiais. Mas acredito que, com o trabalho que está a ser desenvolvido e com o potencial destes jovens, isso é possível".
 

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sexta-feira, 19 de abril de 2024 – 06:18:23

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