33ª Corrida Internacional 1º de Maio
1 de Maio de 2014
Realizou-se pela 33ª vez a Corrida 1º de Maio, organizada pela União dos Sindicatos de Lisboa/CGTP-IN. A habitual prova na distância de 15 quilómetros, que continua a ter imensa participação bateu este ano o record de participação (mais de 1500 atletas chegados à Meta), não fosse a usual boa organização geral e o custo acessível (EUR 5,00) e também uma Mini corrida não competitiva na distância de 4 Km.
A prova sai do Estádio 1º de Maio e desce ao Rossio, para depois subir de forma aparentemente interminável a Almirante Reis para de novo entrar no Estádio, dar meia volta à pista e cortar a meta.
Deram-nos água em dois abastecimentos durante o percurso (suficiente) e no final da prova, assim como um saco e uma t-shirt de algodão.
Havia prémios em dinheiro e taças e troféus por classificação e por escalão mas isso é outro campeonato que não o meu.
A Corrida reveste-se de uma carga simbólica em comemoração ao dia 1º de Maio e seu significado.
Também por isso gosto de a correr. É na minha cidade, Lisboa que eu amo! Gosto de encher as ruas de cor e de sorrisos e estar ali porque é 1º de Maio.
Estava mal preparada para a distância, como quase sempre e como quase todos os atletas de pelotão, como se ouve amiúde nas aglomerações das Partidas. Há sempre logo ali à partida alguma coisa, uma certa razão atenuante para um eventual desempenho menos bom que se venha a verificar. Seja uma lesão, uma gripe, uma semana ou uma noite difícil, enfim, é uma característica inata ou aprendida do pelotão. E eu faço parte dele. Estou pouco e mal treinada e sabia que a prova de hoje ia doer. Quer pela distância em si quer pelo traçado, que basicamente é a 1ª metade a descer e 2ª a subir.
No entanto, mal é dada a partida depressa me alinho com amigos queridos: Eugénia do Vale, Orlando Duarte, Joaquim Adelino e Mário Lima. Tudo flui de forma fácil. A conversa, a amizade, as fotos que o Mário Lima ia tirando com cenários emblemáticos da nossa Lisboa, o apoio dado mesmo que silencioso, fez-se notar para além de irmos sempre a descer. Entretanto, o Adelino e o Mário avançam, porque eu abrando e a 2ª metade da prova (início da subida, Almirante Reis) terá de ser mesmo e só a minha prova. Vou "bem" mas tenho de conter o passo e concentra-me para me aguentar. A Eugénia e o Orlando não me deixaram apesar da minha insistência em os mandar para a frente. Mas não, por ali ficaram a ver-me arrastar e posso dizer que me trouxeram até à meta. Tem destas coisas a amizade.
Com eles e por causa deles, vim relativamente bem, mas em bastante esforço pela forma em que estou. Chegámos à meta os 3 juntos e como se poderá constatar nas fotos, tenho a felicidade estampada no rosto. Tranborda a alegria e a felicidade que sinto, pelos poros juntamente com a transpiração e assim, só por uma coisa tão simples como a Corrida e a Amizade.
Por tudo disto, a Corrida corre-me no sangue e dá-me vida ao chegar ao coração e o fazer bater mais forte.
Ana Pereira
http://mariasemfrionemcasa.blogspot.pt/