O Mushing surgiu, como desporto, no início do sec. XX no Alasca e foi-se lentamente difundindo a outros povos, climas e civilizações.
O aumento de popularidade e a crescente divulgação da imprensa, tiveram como consequência a integração deste desporto nas primeiras Olimpíadas de Inverno, em 1932, na América do Norte.
Esta corrida teve lugar em Lake Placid, com equipas de sete cães em duas mangas de 40 quilómetros cada.
Em 1952, nas Olimpíadas de Oslo, os cães de trenó voltaram a estar presentes como modalidade de demonstração, com a variante de Pulka.
Aguarda-se a integração definitiva deste desporto como modalidade oficial nos Jogos Olímpicos de Inverno.
HISTÓRIA
Os cães de trenó coexistem e colaboram com o homem desde há milhares de anos, como foi recentemente comprovado por alguns antropologistas e arqueólogos.
Parece evidente que em regiões de clima particularmente agreste, como acontece no Árctico, a vida humana não seria possível sem a existência destes cães.
Estes asseguravam o transporte de pessoas e carga, quer para migrações, quer para a caça, através das superfícies permanentemente geladas do pólo, sendo progressivamente seleccionados e treinados para esses fins.
Pouco a pouco, esta necessidade foi sendo superada por outros meios e a prática de transporte em trenó puxado por cães deu origem ao desporto de competição chamado mushing.
Em 1850, existe já uma descrição de uma corrida entre Winnipeg e St Paul, na América do Norte, em que foram utilizados cães com intuito competitivo.
Desde então, até aos nossos dias, o mushing tem vindo a expandir-se por todo o Mundo, e tem simultaneamente, sofrido evoluções e modificações de acordo com os ideais do bem-estar animal, da funcionalidade, da competitividade e das condições climatéricas.
A par das tradicionais raças de cães nórdicos (Alaskan Malamute, Siberian Husky, Samoiedo e Gronelandês), também hoje são largamente utilizadas muitas outras raças (Braço Alemão, Setter, Pointer, G. Retriever, etc.), bem como híbridos (cruzamento entre puras raças nórdicas e cães de caça ou galgos, tentando aproveitar as melhores qualidades de cada tipo), sem estalão definido, mas com uma genética apurada de acordo com os fins pretendidos (provas de sprint, meia-distância ou longas distâncias).
Na sequência da expansão por toda a Europa, como também por muitos países Sul Americanos, África do Sul, Austrália e até Japão, também os veículos deixaram de se confinar ao trenó, sendo hoje utilizados também esquis, triciclos e karts, bicicletas, trotinetas e inclusive, apenas a corrida a pé.
Falar-se no mushing actual é, também, falar-se de um desporto praticado por uma faixa etária de atletas (existem em prova muitos participantes que já ultrapassarm os 60 anos, bem como, infantis de 10 e 11 anos) que engloba participantes de ambos os sexos.