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Diário de Munique’22 – Recorde de Portugal na estafeta de 4×400 metros

A jornada da manhã, marcada pela chuva, do quinto dia dos Campeonatos Europeus de Atletismo fica marcada pela estreia histórica da estafeta portuguesa de 4×400 metros e logo com recorde de Portugal
 
O quarteto português da estafeta de 4×400 metros estreava a presença nacional em campeonatos europeus. Com uma entrada histórica através do European Ranking, o coletivo português chegou a Munique como a 16ª equipa europeia. Colocada na primeira das meias-finais, na pista sete, a equipa tinha João Coelho no primeiro percurso, Mauro Pereira no segundo, Ericsson Tavares no terceiro e Ricardo dos Santos, recordista de Portugal, a fechar a equipa. Dado o tiro de partida, Portugal ficou bem colocado e no final, sem erros de transmissão, cortou a meta com a marca de 3m03s59”. Um dos mais antigos recordes nacionais, com 26 anos de permanência na tabela (completaria 27 anos em 3 de setembro), tombava nesta presença história.
 
Os atletas portugueses festejaram logo na pista o recorde e no final, o recordista nacional Ricardo dos Santos, manifestou o sentimento “muito especial de estar aqui, bater um recorde muito antigo, mais velho que a idade de qualquer um dos meus três colegas de equipa. E agora temos uma equipa de quatrocentistas, temos uma marca de topo no mundo que nos vai abrir outras oportunidades, agora temos de continuar a trabalhar e podemos apostar nos mundiais de estafetas, na Super Liga europeia e conseguir entrar em mundiais e pensarmos nos Jogos de Paris ‘2024” temos também a superliga”.
 
Mauro Pererai refere a importância “de atingir os objetivos a que nos propusemos. Temos uma equipa jovem, motivada, até o ‘velhinho’ Ricardo tem 27 anos, temos muito para dar. Foi um salto enorme e temos muito orgulho nesta estafeta”.
 
Muito feliz estava também João Coelho. “Este é o sonho de qualquer pessoa, chegar aqui e ser nono na prova individual e fazer parte da estafeta histórica que bate o recorde, é um momento incrível. Estamos muito satisfeitos com o nosso trabalho”, afirmou antes de Ericsson Tavares confirmar também ele viver esse sonho “cumprido, temos a melhor equipa de sempre e pela nossa motivação e vontade ainda estremos melhor nas próximas oportunidades”.
 
Há algumas curiosidades neste feito: Ricardo dos Santos tinha pouco mais de oito meses quando a seleção universitária, composta por três barreiristas (Mário Reis, Carlos Silva e Pedro Rodrigues) e um oitocentista (António Abrantes), estabeleceu o recorde anterior 3.05,48, em Fukuoka.
 
No final, os elementos da estafeta agradeceram aos técnicos o trabalho feito e um agradecimento especial ao fã do atletismo e das estafetas, Paulo Aguiar.
 
Outro momento histórico estava a ser vivido pouco antes, com a presença de um lançador do dardo pela primeira vez em campeonatos europeus. Integrado no grupo A, Leandro Ramos terminou em 10º lugar com a marca de 72,90 metros, sem conseguir alcançar a final.
 
O atleta confessou ter ficado “muito aquém das expectativas. No aquecimento até estava bem, mas como há três provas, não estou ao mais alto nível devido a algumas coisas que aconteceram durante a provas. Aqui não sei ainda o que aconteceu. Fisicamente está tudo bem, tecnicamente o angulo estava certo, a corrida também, no último lançamento senti que era longo nas não foi. Não foi o meu dia e também é verdade que para todos os outros também teve problemas, ninguém conseguiu chegar aos 80 metros”, concluiu.
 

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segunda-feira, 14 de outubro de 2024 – 21:13:02

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