A recordista de Portugal, Patrícia Mamona, terminou hoje a final do triplo salto dos Campeonatos Europeus de Atletismo em quinto lugar.

 

Patrícia abriu o concurso com 14,26 metros e viu logo a ucraniana Maryna Beck-Romanchuk saltar 14,81 metros, recorde pessoal e melhor marca europeia do ano. O concurso estava lançado e pouco depois foi tempo da finlandesa Kristiina Mäkelä saltar para recorde nacional com a marca de 14,64. Foi tempo de a recordista de Portugal continuar a mostrar o seu valor e terminou os primeiros três saltos com 14,39 metros, na quarta posição, depois de ver a israelita Hanna Minnenko a saltar também mais longe, chegando aos 14,45 metros.

 

A portuguesa continuou a melhorar, saltou 14,41 metros ao quarto ensaio, mas ainda fora do pódio, e ao quinto ensaio foi ultrapassada pela alemã Neele Eckardt-Noack (14,43 m) e viu a ucraniana melhorar para 15,02 metros. No último salto, a portuguesa não conseguiu melhorar e terminou na quinta posição, com os 14,41 metros já referidos. Uma final de enorme nível.

 

“Foi o que eu disse, a prova era muito aberta e nas finais as pessoas transcendem-se. Ter passado à final não significava nada. Esta final provou tudo isso. Eu sinto que a minha época está a começar agora, oxalá tivesse mais tempo para estar melhor, para competir e voltar a ser a mesma”, afirmou a atleta, que não se mostrou triste, sim conformada. “Na verdade não posso estar triste, finalmente estou já a entrar no caminho, estou saudável, acima de tudo é o mais importante. Obviamente queria mais, estava a pensar numa medalha, lutei até ao fim, dei o que tinha e o que não tinha”.

 

Querendo encarar o futuro, Patrícia afirma que ainda tem “muito para dar, porque mesmo com pouco treino em cima ainda consegui chegar a uma final nos mundiais e ficar entre as oito primeiras e três semana depois vir aos europeus e ficar entre as cinco melhores europeias”. Patrícia vai agora decidir o futuro imediato, “ tenho a possibilidade de ir a duas ligas diamante, mas sinceramente estou cheia de vontade de começar a nova época, fazendo um pequeno período de descanso”, concluiu.