Rui Costa foi o melhor elemento da Selecção Nacional/Liberty Seguros na prova de fundo dos Jogos Olímpicos, concluindo os 250 quilómetros da competição no 12.º lugar, a 8 segundos do cazaque Alexandre Vinokourov, que conquistou a medalha de ouro.
O resultado do corredor poveiro radicou no perfeito cumprimento da estratégia delineada, tendo Rui Costa atacado na penúltima subida do Box Hill, a pouco menos de 70 quilómetros do final, juntando-se ao numeroso grupo de fugitivos que endureceram a corrida de tal maneira que a selecção britânica não conseguiu anular a iniciativa para confirmar o favoritismo de Mark Cavendish.
Foi, portanto, entre os escapados que a corrida olímpica se decidiu, sendo determinante o ataque do colombiano Rigoberto Úran e de Alexandre Vinokourov, a 9 quilómetros da chegada. O duo entendeu-se bem e os perseguidores não conseguiram fazer a junção. Na recta da meta, o sul-americano teve um momento de desconcentração, olhando para a esquerda, na altura em que o cazaque atacava pela direita para a vitória. Úran foi segundo, com o mesmo tempo. O grupo onde estava Rui Costa chegou 8 segundos depois, encabeçado pelo norueguês Alexander Kristoff, que conquistou a medalha de bronze.
O pelotão chegou com 40 segundos de atraso, incluindo entre os seus membros os outros dois portugueses, Manuel Cardoso, 48.º, e Nelson Oliveira, 68.º.
“O resultado acaba por ser o que correu menos bem. Quando escolhemos estes três corredores tínhamos em mente diferentes situações que poderiam suceder. Aconteceu uma delas e fizemos o que estava estipulado: colocar um homem no grupo que discutiria a corrida, neste caso o Rui Costa. Só foi pena não conseguirmos um lugar entre os dez primeiros, que seria um prémio justo para o esforço da equipa e do Rui”, afirma o seleccionador nacional, José Poeira.
Nelson Oliveira volta a competir nos Jogos Olímpicos na próxima quarta-feira, 1 de Agosto, sendo um dos participantes na prova de contra-relógio, que terá 44 quilómetros.