O azar voltou a bater à porta da Selecção Nacional/Liberty Seguros de cross country olímpico (XCO) na etapa da Taça do Mundo de BTT, disputada neste fim-de-semana em Val d’Isère, França. Depois dos problemas que sábado afectaram os corredores de elite, ontem foi o júnior Gonçalo Amado a ser travado pelo infortúnio.

 

Após ter estado na segunda posição da corrida e quando pedalava com a certeza de um posto entre os cinco primeiros, o betetista gaiense sofreu uma queda e teve um furo, vendo-se obrigado a abandonar a prova, que seria ganha pelo francês Victor Koretzky. O outro português em prova, Diogo Figueiredo, terminou na 72.ª posição, a 13m48s do vencedor.

 

“O balanço da participação nesta etapa da Taça do Mundo é extremamente aziago em termos de XCO. Os nossos corredores estavam em excelente condição para obterem bons resultados, mas acabaram vencidos pelos sucessivos azares”, lamenta o seleccionador nacional de BTT, Pedro Vigário.

 

No Dowhill (DHI), Francisco Pardal (Pombal Jovem/More Bike Park) e João Góis (Selecção Nacional/Liberty Seguros) colheram ontem os frutos do excelente desempenho de sexta-feira, quando conseguiram um lugar entre os 82 pilotos com direito a correr a final.

 

Pardal foi o 43.º classificado, enquanto Góis terminou na 73.ª posição, numa classificação comum a pilotos de elite e juniores. O vencedor foi o neozelandês Brook MacDonald.

 

“Foi uma boa jornada para o DHI. O Francisco Pardal conseguiu o segundo melhor resultado de sempre do DHI luso na Taça do Mundo. Quanto ao João Góis, na sua estreia ao mais alto nível, conseguiu apurar-se para a final, o que foi excelente. São resultados que devem servir de motivação para toda a comunidade do DHI nacional com vista ao futuro. Provou-se que, trabalhando mais e melhor, temos atletas para estarem entre os melhores do mundo”, considera Pedro Vigário.