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Está em... início Solidariedade 2400 quilómetros de bicicleta pela Esclerose Múltipla: Filipe Gaivão já chegou a Portugal
Filipe Gaivão aceitou o desafio para percorrer metade da Europa por todas as pessoas que sofrem de Esclerose Múltipla. Esta jornada terá a duração de 19 dias, começando no dia 10 de julho, em Bruxelas, e terminando a 28 de julho, em Lisboa.
A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) desafiou Filipe Gaivão, ciclista português habituado a pedalar por causas sociais, a juntar-se ao movimento internacional de apoio aos doentes com Esclerose Múltipla. Com esta iniciativa pretende-se chamar a atenção da população para a existência desta doença e para o impacto na vida das pessoas que a portam, realçando as suas necessidades e sublinhando a importância da inclusão social.
O ciclista português justifica que a jornada vai “sensibilizar para a gravidade e dificuldade que os doentes com esclerose múltipla têm todos os dias, nos seus empregos e na sua vida”.
Vai pedalar cerca de 2400 quilómetros, passando por cidades como Antuérpia, Bruxelas, Paris, Bordéus, San Sebastian, Burgos, Valladolid, Salamanca, Coimbra e Leiria. O percurso contará com o apoio das associações de doentes locais na Europa e da Plataforma Europeia de Esclerose Múltipla (EMSP). A jornada em bicicleta terá início em Bruxelas, sede das instituições europeias e da Plataforma Europeia de Esclerose Múltipla, e terminará em Lisboa, na sede da SPEM.
O objetivo desta jornada é chamar a atenção da população portuguesa para a doença, os seus sintomas invisíveis, a necessidade de um diagnóstico precoce e a importância de ter um Registo Nacional de pacientes que permita uma melhor compreensão da patologia. Na Europa e pode levar a políticas de saúde mais adequadas, bem como à proteção social de doentes e cuidadores.
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica e auto-imune, com efeitos nas capacidades físicas e cognitivas dos doentes. Atinge sobretudo os jovens, em particular as mulheres. A EM afeta mais de 8.000 pessoas em Portugal (Gisela Kobelt, 2009) e cerca de 2.500.000 pessoas em todo o mundo (dados da Organização Mundial de Saúde).
Alguns dados sobre a EM na Europa:
O diagnóstico é frequente entre os 20 e os 40 anos, colocando em causa a capacidade do doente continuar uma vida profissional ativa.
Segundo dados da Plataforma Europeia da EM, 80% dos europeus com EM deixam de trabalhar nos primeiros 15 anos depois do diagnóstico.
15 bilhões de euros são gastos todos os anos na Europa para combater a esclerose múltipla.
O acesso ao tratamento, cuidados e emprego varia substancialmente na Europa. Com muitos doentes a não ter acesso à especialidade da EM ou a não conseguir comparticipação da medicação.