- Dois jovens de 17 anos nos primeiros “quartos”
- Estrela dos pares continua em prova
O primeiro de dois torneios do ATP Challenger Tour organizados pela Federação Portuguesa de Ténis com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras no Complexo de Ténis do Jamor ficou, esta quinta-feira, sem portugueses. Gonçalo Oliveira foi afastado na segunda ronda de singulares, enquanto Fábio Coelho/Gonçalo Falcão e Pedro Sousa/João Domingues perderam nos quartos de final de pares.
Em busca de pontos que lhe permitiram iniciar a desejada escalada no ranking, Gonçalo Oliveira (507.º do ranking ATP) começou bem, mas não resistiu ao qualifier Joris De Loore (341.º) e perdeu por 6-4 e 6-4 para o belga.
Mesmo que tenha sido o primeiro a adiantar-se no marcador, com um break no sexto jogo, e o primeiro a conquistar um jogo no serviço de Joris De Loore (que tinha salvo oito chances nas três vitórias anteriores), Gonçalo Oliveira foi imediatamente quebrado com uma série de erros diretos e acabou por ceder seis jogos seguidos (entre o 4-2 e o 0-2 do segundo parcial), que ditou o rumo do embate face a um tenista que dá pouco ritmo devido ao forte ‘saque’.
Como confessou no final, em conferência de imprensa, o portuense teve dificuldades em ler o serviço do belga, encontrar alternativas de posicionamento para o mesmo, e não conseguiu desalojar De Loore do fundo do court, faltando, muitas vezes, a calma e o discernimento necessários para as alternativas.
O próximo adversário de Joris De Loore será um dos melhores jovens da atualidade: Dino Prizmic, croata que aos 17 anos garantiu a presença na fase de qualificação do torneio com as novas vagas destinadas aos melhores juniores, celebrou a 19.ª vitória consecutiva (antes de chegar a Portugal ganhou três ITFs) ao "virar" o terceiro pré-designado, Matteo Gigante, por 2-6, 6-1 e 6-3.
Tal como Prizmic, também Gabriel Debru (francês de 17 anos que é o atual campeão júnior de Roland-Garros) já tinha, na quarta-feira, seguido para os quartos de final de um Challenger pela primeira vez na carreira.
Nos pares, as duas duplas que carregavam a bandeira nacional foram afastadas após batalhas equilibradas.
Os primeiros a cair foram Fábio Coelho e Gonçalo Falcão, que até estiveram bem colocados para seguirem em frente. À procura da primeira meia-final Challenger enquanto parceiros, os dois portugueses deram boa réplica num braço de ferro com o britânico Luke Johnson e o neerlandês Sem Verbeek (terceiros favoritos) e chegaram a liderar por 7-5 no match tie-break decisivo, mas perderam os últimos cinco pontos e o encontro, com os parciais de 7-6(3), 6-7(3) e 10-7.
A fechar o dia, Pedro Sousa e João Domingues não conseguiram esticar o encontro da mesma forma, mas também apresentaram um bom nível e chegaram a sonhar com o tira-teimas. Só que o poder de fogo do romeno Victor Vlad Cornea e do checo Petr Nouza falou mais alto quando mais importava e os quartos cabeças de série triunfaram por 6-3 e 7-6(0), a tempo de evitarem um sempre imprevisível match tie-break.
Em prova mantém-se Pierre-Hugues Herbert. O francês de 31 anos é o primeiro cabeça de série ao lado do compatriota Jonathan Eysseric e superou Raphael Collignon e Filip Cristian Jianu por 6-4 e 6-3 para inscrever o nome nas meias-finais, ficando a duas vitórias de começar 2023 com mais um título para um dos palmarés mais recheados do circuito — completou o Grand Slam de pares com Nicolas Mahut, ao lado de quem também venceu o ATP Finals e a Taça Davis com a seleção da França.
A jornada de sexta-feira tem início marcado para as 11 horas com dois encontros de singulares em cada court. Depois realizam-se as meias-finais de pares.