- Francês foi júnior de topo e persegue primeiro troféu

- Belga procura o segundo título consecutivo

 

O francês Arthur Fils e o belga Joris De Loore apuraram-se, esta sexta-feira, para a final de singulares do Indoor Oeiras Open 2. Organizado pela Federação Portuguesa de Ténis com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, o segundo torneio do ATP Challenger Tour a acontecer de forma consecutiva na nave de campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor termina este sábado, dia que também contará com a final de pares.

Apesar de ter figurado pela primeira vez entre o leque de semifinalistas em provas deste circuito, Arthur Fils (252.º classificado no ranking ATP) não acusou a importância do momento: número três mundial de juniores e finalista de Roland-Garros em 2021, o jovem francês de 18 anos eliminou o primeiro cabeça de série, Ricardas Berankis (atual 185.º e ex-50.º), por 7-5 e 6-3.

 

Para a vitória foram essenciais os oito jogos consecutivos que Fils venceu a partir do 3-5 na primeira partida. Sempre com muito peso de bola, assinalável para a tenra idade, e uma excelente cobertura de court, o gaulês descolou rumo à primeira decisão Challenger, mas na reta final teve de mostrar fibra de campeão para anular um ponto de break que daria ao adversário uma segunda quebra de serviço consecutiva num momento proibido.

 

A separá-lo do título mais importante de uma curta e promissora carreira, Arthur Fils terá o melhor jogador destas duas semanas no Jamor, contra o qual até saiu por cima no único duelo anterior, mas em condições bem diferentes (terra batida em Toulouse). “Esse encontro foi uma guerra. Amanhã vai ser completamente diferente porque ele está a jogar muito bem nos courts indoor e ganhou na semana passada, por isso está confiante. Mas vou tentar focar-me e impor o meu jogo, vamos ver como corre”, anteviu em conferência de imprensa.

Tal como o francês, também Joris De Loore superou um adversário que já pertenceu ao top 50 mundial. O belga aplicou os parciais de 6-2 e 6-4 ao francês Pierre-Hugues Herbert (304.º, mas ex-36.º de singulares e segundo no ranking de pares).

 

Foi a 11.ª vitória consecutiva no Jamor e não só não foi quebrado, como não enfrentou qualquer ponto de break durante o encontro — reflexo da consistência que tem apresentado ao longo de toda a quinzena no seu “saque”, quebrado apenas em quatro ocasiões (uma esta semana).

 

Esse será um dos trunfos do jogador de 29 anos para a final, mas De Loore julga ter mais armas para guardar mais um troféu na bagagem com que sairá de Portugal: “Não é garantido que vá segurar os meus serviços sempre, por isso tenho de me aplicar. Mas quando me sinto bem a servir consigo soltar-me na resposta”, observou antes de deixar elogios ao derradeiro adversário: “Ele é muito talentoso e forte fisicamente, com grandes pancadas. Acho que é um dos que estão a aparecer para ficar, como também o Van Assche. Vai ser uma grande batalha.”

 

A final de singulares do Indoor Oeiras Open 2 está marcada para as 11 horas de sábado.

 

Para Arthur Fils, um título significaria a estreia a erguer troféus no circuito secundário e ainda a inédita entrada no top 200 mundial (se perder será 211.º, ainda assim a melhor classificação da carreira).

 

Já para Joris De Loore, a "dobradinha" no Jamor seria sinónima de um salto de quase 140 lugares em apenas duas semanas, desde o 341.º posto em que chegou a Portugal até ao 202.º que o deixaria muito próximo da melhor marca da carreira — o 174.º posto ocupado em 2016, bem antes de ter falhado duas temporadas completas devido a inúmeros problemas físicos acompanhados de sete operações.

 

A fechar o programa, a final de pares será discutida entre os primeiros e os quartos cabeças de série. Sander Arends e David Pel, dos Países Baixos, superaram Victor Vlad Cornea (um dos campeões da última semana) e Sergio Martos Gornes por 6-3 e 6-3, enquanto Patrik Niklas-Salminen e Bart Stevens, da Finlândia e dos Países Baixos, respetivamente, venceram Constantin Frantzen e Hendrik Jebens pelos parciais de 7-5 e 6-4.