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Portugal em desvantagem contra a Chéquia após o primeiro dia de Taça Davis by Rakuten

- Equipa visitante venceu os dois singulares
- Jornada de domingo começa às 15 horas
 
Nuno Borges e João Sousa não conseguiram ser felizes no arranque da eliminatória de acesso à fase final da Taça Davis by Rakuten e a seleção nacional masculina terminou o primeiro dia em desvantagem por 0-2 contra a Chéquia, no Complexo Municipal de Ténis da Maia.
No primeiro encontro do fim de semana, Nuno Borges (105.º classificado no ranking ATP) esbarrou na boa forma de Jiri Lehecka (39.º) e perdeu por 6-4 e 6-4 com o atual número um da seleção visitante, que antes de viajar para a Maia brilhou rumo aos quartos de final do Australian Open.
 
A jogar em casa, o maiato de 25 anos até conseguiu aproveitar os dois pontos de break que criou, mas o checo foi mais agressivo e, entre os 17 pontos de break de que dispôs, converteu quatro que lhe permitiram carimbar uma vitória em duas partidas.
 
“Ele esteve melhor do início ao fim e mereceu ganhar. Houve certos momentos em que eu podia ter estado um bocadinho melhor, mas ele causou-me dificuldades”, explicou Nuno Borges na conferência de imprensa após a jornada. “Dei tudo, mas precisava de ter metido mais umas bolas dentro. Numa oportunidade destas queria ter dado mais.”
No segundo e último encontro do dia, João Sousa (84.º do ranking) não conseguiu confirmar o favoritismo sobre Tomas Machac (122.º) e perdeu por 7-6(6), 3-6 e 6-2 após 2h50.
 
O encontro deste sábado foi uma reedição do duelo que os dois protagonizaram nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em agosto de 2021, e teve como momentos de maior decisão os dois set points que Machac anulou, na primeira partida, e um jogo de serviço muito longo, de cerca de 20 minutos, em que o checo se impôs logo no início do parcial decisivo.
 
“Há pouco e muito a dizer”, lamentou o vimaranense de 33 anos, que deu início ao 16.º ano consecutivo a representar Portugal na Taça Davis by Rakuten. “O primeiro set foi mal perdido, acho que fui superior em todos os momentos, mas as coisas acabaram por cair para o lado dele. Depois consegui gerir as emoções e acabei o segundo set a jogar muito bem, mas houve aquele jogo muito disputado a abrir o terceiro set... Foram mais de 20 minutos, tive muitas oportunidades e uma delas próximo da rede, mas ele fez o break e soltou-se um pouco, porque quando se está por cima fica mais fácil.”
 
Com os resultados deste sábado, a Chéquia assegurou uma vantagem de 2-0 à entrada para o último dia, ficando a apenas um ponto de garantir a qualificação para as Davis Cup by Rakuten Finals. Em sentido contrário, a seleção nacional portuguesa precisará de vencer os três encontros previstos para a jornada de domingo, um resultado que quer o capitão, Rui Machado, quer os dois jogadores consideraram possível.
 
“Não tinha dúvidas de que o dia de hoje ia ser muito disputado e não tenho dúvidas de que amanhã também vai ser. Partirmos para o segundo dia com dois pontos de desvantagem não é o cenário ideal, mas já levantámos uma eliminatória a perder por 0-2 em casa e amanhã vamos tentar fazer o mesmo”, explicou o capitão português na conferência de imprensa.
 
“Demos o nosso melhor, mas é o que eu digo sempre: no ténis só um é que pode ganhar e temos de ser profissionais, como fomos, e sair de cabeça levantada. Jogámos bom ténis, demos tudo o que tínhamos e temos de ser humildes e dar mérito aos adversários, porque o tiveram”, acrescentou Rui Machado, que destacou o terceiro jogo do último set entre Sousa e Machac como o que decidiu o resultado do primeiro dia: “Foi o último jogo antes da troca de bolas e teve uma importância brutal. Durou mais de 20 minutos e o João teve as suas oportunidades, mas as bolas estavam cada vez mais lentas e quando o adversário fez o break ficou com muita força para servir com bolas novas e descolar no marcador.”
 
Para domingo, a “receita” não será uma novidade para João Sousa: “Recupera-se da mesma maneira que, pelo menos eu, fiz nos últimos 16 anos. Não é algo novo, antigamente até era à melhor de cinco sets e agora felizmente é à melhor de três. O Carlos [Costa] e o André [Santos] são grandes profissionais e vão ajudar-nos a recuperar a 100%. Precisamos de comer bem e de descansar bem porque temos um dia importante pela frente e nada está perdido. Não é bom estar 0-2, mas já se viu muita coisa na Taça Davis. Tudo pode acontecer.”
 
Praticamente em uníssono, Nuno Borges apelou ao apoio do público que este sábado já esgotou o Complexo Municipal de Ténis da Maia: “Se for a jogo será uma oportunidade incrível de me redimir”, explicou o maiato. “Com um ambiente destes é só olhar em frente e fazermos o que temos a fazer, que é dar tudo e procurar um resultado diferente. Portugal merece melhor e conseguimos melhor, por isso vamos à procura da reviravolta.”
 
A jornada de domingo terá início às 15 horas, com o encontro de pares entre Nuno Borges/Francisco Cabral e Tomas Machac/Adam Pavlasek. Depois, estão previstos dois encontros de singulares — João Sousa contra Jiri Lehecka e Nuno Borges face a Tomas Machac. Mas tanto Rui Machado, quanto Jaroslav Navratil poderão proceder a alterações ao alinhamento.
 
Fotos: Miguel Pinto/FPT & Martin Sidorjak/ITF
 

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quinta-feira, 22 de maio de 2025 – 02:41:10

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