- Seleção feminina venceu os três encontros
- Malta é o adversário que se segue
A seleção nacional feminina venceu Israel por 3-0 na jornada desta segunda-feira, que assinalou o arranque do Grupo II da Zona Europa-África da Billie Jean King Cup by Gainbridge que a Federação Portuguesa de Ténis organiza nos courts de terra batida do Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras.
Eleita para disputar o encontro inaugural, Inês Murta (685.ª classificada no ranking WTA) esteve à altura da ocasião e aplicou os claros parciais de 6-1 e 6-2 a Shavit Kimchi (516.ª), uma adversária que já tinha superado este ano a caminho de uma das duas finais de singulares que disputou em Manacor.
Com uma exibição autoritária, a atual número três nacional regressou às vitórias em encontros de singulares na Billie Jean King Cup by Gainbridge pela primeira vez desde fevereiro de 2017.
Depois do triunfo de Inês Murta, a número um portuguesa, Francisca Jorge (314.ª), resistiu a um duelo de três partidas e venceu Lina Glushko (271.ª) por 6-4, 3-6 e 6-1.
Com este resultado, Portugal assegurou a vitória contra Israel, mas o resultado final tornou-se ainda mais expressivo graças ao encontro de pares. Chamadas a jogo, as irmãs Francisca Jorge e Matilde Jorge confirmaram o bom momento que atravessam — chegaram ao Jamor com três títulos em quatro finais ITF este ano — e, contra as duas jogadoras israelitas que foram a jogo nos singulares, venceram por 6-4 e 6-4.
As três vitórias no primeiro dia deixaram Neuza Silva satisfeita: “Foi mesmo um começo perfeito porque conseguimos ser superiores nos três encontros. A Inês [Murta] entrou muito determinada, a marcar um ritmo alto, depois a Francisca subiu o nível no terceiro set para vencer o encontro dela e no par as nossas duas meninas, que já levam muitos títulos, também estiveram à altura. Estou satisfeita, mas isto foi só o primeiro dia e ainda temos muito pela frente. Vamos levar esta energia de hoje para os próximos confrontos.”
Inês Murta, que assinou o primeiro triunfo de Portugal no Jamor, também revelou natural satisfação com o desenrolar dos acontecimentos: “Sinto-me feliz e honrada com a escolha da Neuza. Sabia que ia sentir mais emoções do que num torneio individual, mas tentei não pensar nisto e encarar este como mais um encontro. Conseguir dar esta alegria a uma equipa traz sempre mais emoções e estou bastante contente pela forma como lidei com tudo isto.”
Já Francisca Jorge, destacou ter sido importante a vitória da compatriota no encontro que antecedeu o seu: "Entrar com a equipa a vencer por 1-0 tirou-me um peso grande dos ombros. Senti aquela pressão de conquistar o segundo ponto, mas sem dúvida que fui mais leve para dentro do campo porque a Inês esteve bastante bem e isso puxou um pouco por mim e pela minha entrega. Ter a capitã no campo também me ajudou a ter discernimento e a baixar a tensão. Acabei por fazer um bom encontro contra uma adversária mais cotada do que eu e que é bastante agressiva."
Por último, Matilde Jorge explicou que “apesar de estarmos a ganhar por 2-0 entrámos no par para conquistarmos mais um ponto e chegarmos ao 3-0. Não só porque pode ser importante para as contas finais, mas também pela equipa e para treinarmos para outra eliminatória. Foi um bom dia para nós.”
No outro encontro da Pool A, a Bósnia-Herzegovina derrotou Malta por 2-1, um confronto decidido no par decisivo e que fez com que Portugal terminasse a jornada inaugural na liderança do grupo.
Na terça-feira, às 11 horas, a seleção nacional feminina defronta a equipa de Malta no Court Central. O confronto é composto por dois encontros de singulares e um par.
Fotos: Sara Falcão/Federação Portuguesa de Ténis