- Vitória no par decisivo contra a seleção de Malta
- Bósnia-Herzegovina é a adversária de quarta-feira
A seleção nacional feminina derrotou Malta por 2-1 e celebrou a segunda vitória em dois dias no Grupo II da Zona Europa-África da Billie Jean King Cup by Gainbridge que a Federação Portuguesa de Ténis organiza, entre os dias 10 e 15 de abril, nos courts de terra batida do Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras.
Depois de superar Israel por 3-0 na jornada inaugural, Portugal precisou de recorrer ao par decisivo para vencer a congénere de Malta. E o objetivo foi alcançado graças ao triunfo das irmãs Francisca Jorge e Matilde Jorge por 6-4 e 6-1 sobre Francesca Curmi e Elaine Genovese.
Muito rodadas lado a lado (têm três títulos em quatro finais disputadas este ano e um total de 11 troféus de campeãs nos últimos 12 meses), as duas melhores tenistas portuguesas da atualidade nos rankings de singulares e pares demonstraram as credenciais que fazem delas 132.ª e 143.ª classificadas na hierarquia da variante, respetivamente.
Este foi o segundo triunfo da semana para a parceria, mas o primeiro num encontro decisivo.
Antes, a equipa de Portugal entrou com o pé direito no confronto desta terça-feira graças à prestação de Inês Murta. Chamada a jogo pela capitã Neuza Silva para um encontro de singulares pelo segundo dia consecutivo, a algarvia (atual número 685 mundial) voltou a responder positivamente à ocasião e venceu Elaine Genovese (sem classificação nos singulares) por 6-3 e 7-5.
Depois, Francisca Jorge (314.ª posicionada na hierarquia individual) cedeu por 6-3 e 6-4 para Francesca Curmi (391.ª) e não foi capaz de repetir a vitória da véspera, o que atribuiu ao encontro de pares a condição de decisivo.
Em conferência de imprensa, Neuza Silva expressou natural satisfação com o resultado alcançado: “Foi mais um dia positivo. Ontem durante a nossa reunião de equipa já tinha dito que ia ser uma eliminatória ainda mais difícil do que contra Israel porque tal como nós já as conhecíamos também elas nos conheciam. E realmente Malta fez de tudo para nos ganhar, mas a nossa equipa é muito forte e acabámos por sair nós por cima.”
Francisca Jorge, que sofreu a primeira derrota lusa nesta semana e regressou ao court para vencer o par decisivo, falou da forma como deixou para trás as sensações do encontro de singulares: “Foi relativamente fácil e para ser sincera acho que até entrei pior ontem [no par, já sem influência na vitória de Portugal] do que hoje, apesar de este ter sido um par decisivo. Eu e a Matilde apoiamo-nos uma à outra e conseguimos fazer um bom jogo.”
Sobre a derrota no singular, a número um nacional destacou a “grande evolução” da adversária em relação ao encontro do ano passado, que venceu (curiosamente também nesta competição, mas na Macedónia do Norte).
Matilde Jorge atuou pela segunda jornada consecutiva no encontro de pares e explicou o papel que desempenhou para ajudar Portugal a consumar a vitória: "Conheço muito bem a 'Kika' e sabia que ela ia fazer o reset para jogar o par, por isso preparei-me e dei-lhe algum espaço porque sei que era aquilo de que ela precisava. Mais perto do começo do encontro falei com ela para saber como se estava a sentir e motivá-la e depois estivemos bem. Um pouco nervosas por ser um par decisivo, mas fizemos um bom encontro."
Inês Murta, até agora responsável por dois importantes triunfos nos singulares que abriram os confrontos com Israel e Malta, destacou a importância dos últimos meses de trabalho: “Quando voltei de lesão no final do ano passado já estava a jogar a um bom nível, mas os resultados ainda não estavam a aparecer. Este ano fiz duas finais consecutivas, o que nunca tinha conseguido, e isso resulta de um trabalho de muitos anos. Claramente que o meu treinador me tem ajudado bastante porque estou mais confiante e a saber o que fazer dentro de campo.”
Com duas vitórias, Portugal lidera a Pool A do Grupo II da Zona Europa-África da Billie Jean King Cup by Gainbridge. A seleção nacional feminina regressará à ação na quarta-feira, a partir das 11 horas e novamente no Court Central do Jamor, contra a Bósnia-Herzegovina, e uma vitória assegurará o objetivo de manutenção assumido inicialmente.
Fotografias: Sara Falcão/Federação Portuguesa de Ténis