- Reviravolta valeu triunfo contra Bósnia-Herzegovina
- Segue-se um dia de “descanso ativo” antes da Grécia
A seleção nacional feminina celebrou, esta quarta-feira, a terceira vitória em três dias de competição e assegurou a manutenção no Grupo II da Zona Europa-África da Billie Jean King Cup by Gainbridge, que a Federação Portuguesa de Ténis organiza, entre os dias 10 e 15 de abril, nos courts de terra batida do Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras.
Depois de vencer Israel por 3-0 e Malta por 2-1, Portugal deu a volta à Bósnia-Herzegovina (2-1) graças ao triunfo das irmãs Francisca Jorge e Matilde Jorge no par decisivo, pelos parciais de 6-2 e 6-1, contra Dea Herdzelas e Anita Wagner.
Se na jornada inaugural entraram em campo com o confronto já resolvido, na terça-feira as jovens vimaranenses estavam obrigadas a vencer para evitar a recuperação da equipa maltense. Já esta quarta-feira, a “missão” era consumar a reviravolta de Portugal, que não só perdeu o primeiro encontro de singulares como o parcial inaugural do segundo.
Logo pela manhã, Inês Murta (685.ª classificada no ranking WTA), que tinha vencido os dois encontros do dia anterior, perdeu por 6-2 e 6-2 com Dea Herdzelas (357.ª) após 71 minutos.
Depois, Francisca Jorge (314.ª) revelou-se capaz de superar uma situação de maior aperto e inverteu a desvantagem de um set para derrotar Nefisa Berberovic (319.ª) por 2-6, 6-1 e 6-2.
Os resultados desta quarta-feira cimentaram a liderança portuguesa na Pool A: com três vitórias em três encontros, Portugal assegurou o primeiro objetivo da semana, a manutenção no Grupo II da Zona Europa-África, e posicionou-se para lutar pela subida de divisão.
“Hoje foi um dia bem difícil. A [Dea] Herdzelas é uma jogadora com um nível muito bom, que sabe o que fazer para desmontar as adversárias, e apesar de ter feito de tudo a Inês [Murta] não conseguiu contrariar esse jogo de xadrez. Depois voltámos a reunir forças para o jogo da ‘Kika’ e quando ela estava um set abaixo consegui, de alguma forma, ajudá-la a montar um plano de jogo para a deixar um pouco mais lúcida. O segundo set foi preponderante e apesar de alguns nervos à mistura no terceiro já estava muito por cima do encontro e acabou a jogar de uma forma muito boa” afirmou a capitã, Neuza Silva, sobre os primeiros encontros.
Já acerca do duelo que selou a reviravolta portuguesa, a ex-número 133 do ranking WTA só teve elogios: “O resultado está à vista, estas duas ‘meninas’ têm muito nível e um futuro risonho lado a lado. Mas volto a dizer: elas também são competentes nos singulares e têm um nível bastante alto nas duas variantes.”
Da mesma forma, Francisca Jorge “sabia que tinha de ganhar” para manter viva a eliminatória. Por isso, a número um portuguesa admitiu alguns nervos, mas destacou a fórmula que a ajudou a dar a volta à situação: “Com o apoio da Neuza mantive-me lúcida e não pensei muito no resultado em si. Procurei o meu jogo e trabalhei para anular o que a adversária me estava a magoar. Consegui na luta, no crer, apoiada pela equipa, pelo público que hoje se notou mais e tudo isso fez a diferença porque se acreditam em mim eu também tenho de acreditar. Devo orgulhar-me de ter ido buscar forças onde sentia que não tinha. Todo o apoio que estava a sentir começou a manifestar-se positivamente em mim e foi importante ter este apoio e sentir que estamos a jogar em casa”.
Encerrada a terceira jornada no Complexo de Ténis do Jamor, segue-se um “dia de descanso ativo” para Portugal, que terá a jornada de quinta-feira para preparar o embate com a Grécia — na segunda posição (duas vitórias em dois confrontos) e que ainda antes defronta a Bósnia-Herzegovina.
Fotos: Sara Falcão/Federação Portuguesa de Ténis