- Bouchard entre as vencedoras no Oeiras Ladies Open
- Irmãs Jorge anulam match point rumo aos “quartos”
Pedro Sousa levou a melhor no duelo geracional com Henrique Rocha e tornou-se no único tenista português a carimbar o apuramento para a segunda ronda do Oeiras Open 125, torneio do ATP Challenger Tour que a Federação Portuguesa de Ténis organiza, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, entre os dias 16 e 23 de abril em simultâneo com um ITF feminino de 100.000 dólares.
A “ensaiar” o final de carreira que definiu para o Oeiras Open 4 (23 a 30 de maio), o lisboeta de 34 anos superou o maiato de 19 anos em duas partidas, por 6-3 e 6-4.
O encontro desenrolou-se perante um Court Central do Complexo de Ténis do Jamor bem composto. Habituados a treinar juntos já desde que o mais velho incorporava o Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, não houve grandes segredos neste compromisso entre wild cards e o antigo 99.º classificado no ranking ATP (atualmente na 462.ª posição) levou a melhor em 1h23.
Apurado para a segunda ronda do Oeiras Open 125, o terceiro tenista português a disputar uma final de singulares em torneios ATP (finalista em Buenos Aires 2020) terá como adversário um dos tenistas em melhor forma: Alexander Muller, número 97 mundial que há pouco mais de uma semana foi vice-campeão do ATP 250 de Marraquexe, em Marrocos.
De resto, a jornada desta terça-feira não foi positiva para as cores nacionais.
Ainda no torneio masculino, foram derrotados os outros quatro tenistas ‘da casa’ que entraram em ação na primeira ronda: Frederico Silva (222.º) cedeu por 6-2 e 6-0 para o italiano Andrea Vavassori (172.º e oitavo cabeça de série), João Sousa (157.º) perdeu por 6-1 e 6-3 com o canadiano Steven Diez, Jaime Faria (583.º), que ultrapassou as duas rondas do qualifying, perdeu por 6-2 e 6-2 com Kimmer Coppejans (189.º) e Duarte Vale (560.º) deu boa réplica antes de ser travado com os parciais de 6-4 e 6-4 pelo argentino Juan Manuel Cerúndolo (123.º), campeão do ATP 250 de Córdoba em 2021.
A competir num torneio do ATP Challenger Tour em Portugal pela primeira vez desde que venceu em Guimarães no ano de 2013, João Sousa reconheceu ter passado "ao lado" de um encontro que descreveu como sendo "para esquecer".
"Vinha com boas expetativas porque cheguei cedo, adaptei-me bem às condições e fiz sets de treino muito bons, mas a verdade é que hoje não foi um bom dia e estou bastante triste com o meu desempenho", acrescentou o vimaranense de 34 anos, que deixou o futuro em aberto devido à série de resultados menos positiva: "Os próximos dias são de análise, de me sentar e falar para perceber o que é que está mal porque obviamente não é para isto que eu jogo ténis. Estou habituado a jogar a um nível e sou consciente do que é preciso para estar lá em cima, mas não o tenho conseguido fazer e se não conseguir durante muitos mais meses terei de ponderar algumas situações.”
Já no Oeiras Ladies Open, a jornada começou com a derrota de uma das duas jogadoras lusas que fazem parte do quadro principal deste torneio internacional feminino de 100.000 dólares.
Francisca Jorge, a número um portuguesa (e 315.ª WTA) que acabou por não precisar de um wild card para jogar, foi travada pelo favoritismo de Marie Bouzkova (34.ª), que confirmou o estatuto de primeira cabeça de série ao vencer por 6-3 e 6-2.
No entanto, o encontro foi mais equilibrado do que os parciais aparentam, pois apesar da diferença de ranking e sobretudo de experiência a jovem vimaranense de 22 anos dispôs de várias oportunidades para compor o marcador.
Eliminada em singulares, Francisca Jorge voltou à ação no final da tarde e celebrou uma vitória ao lado da irmã, Matilde Jorge — com estreia nos singulares marcada para quarta-feira.
Em ação num torneio de 100.000 dólares pela primeira vez, as vimaranenses superaram a norte-americana Asia Muhammad (atual número 33 do ranking WTA de pares) e a mexicana Fernanda Contreras (113.ª) por 4-6, 6-4 e 12-10 depois de anularem um match point ao 8-9.
Seguem-se as vencedoras de um encontro com portuguesas envolvidas, entre Elizabet Hamaliy/Sara Lança e Katarzyna Piter/Bibiane Schoofs.
Desfecho oposto ao das compatriotas e colegas de seleção viveu Inês Murta. A jogar ao lado da espanhola Lucia Cortez Llorca, com quem recebeu um wild card, a algarvia começou bem, mas viu a liderança escapar-lhe e as britânicas Alicia Barnett e Olivia Nicholls vencerem por 4-6, 6-1 e 10-6 após 1h19.
Outro resultado de destaque na jornada desta terça-feira foi a vitória de Eugenie Bouchard. A competir em Portugal pela primeira vez desde 2014, a ex-número cinco mundial e finalista de Wimbledon (precisamente nesse ano) superou a francesa Diane Parry (109.ª WTA e número um mundial de juniores em 2020) por 6-2 e 6-4. Esta foi a terceira vitória de 2023 para a canadiana de 27 anos e a primeira em terra batida europeia desde setembro de 2020, quando foi finalista do WTA de Istambul.