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Zsombor Piros e Danka Kovinic são os novos campeões do Oeiras Open

 
- Húngaro venceu o maior título da carreira
- Montenegrina igualou a melhor conquista
O húngaro Zsombor Piros e a montenegrina Danka Kovinic sagraram-se, este domingo, campeões do Oeiras Open, um ATP Challenger 125 e ITF W100 que a Federação Portuguesa de Ténis organizou, entre os dias 16 e 23 de abril, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras no Complexo de Ténis do Jamor.
 
Atualmente na 72.ª posição do ranking WTA, Danka Kovinic foi a primeira jogadora a erguer um troféu na manhã deste domingo. A quinta cabeça de série completou uma semana impressionante ao dar uma ‘masterclass’ em pleno Court Central do histórico recinto do Jamor, no qual derrotou a espanhola Rebeka Masarova (93.ª) por 6-2 e 6-2 em 69 minutos.
 
Quase sem falhas em todo o duelo, Kovinic não cedeu sequer o serviço em todo o embate (apenas enfrentou um ponto de break e só perdeu 10 pontos com o próprio ‘saque’) e teve todas as respostas para o ténis superagressivo de Masarova, que fisicamente esteve uns furos abaixo após a dupla jornada da véspera.
A tenista de Montenegro dominou o fundo do court — defensivamente esteve irrepreensível, devolvendo sempre mais uma bola, o que frente à espanhola é fundamental — e com bastante assertividade, uma direita em top spin em particular evidência e uma esquerda ao longo da linha apurada construiu a vitória que lhe deu o 14.º título da carreira.
 
Finalista de três torneios do circuito WTA, Danka Kovinic ainda não conseguiu colocar as mãos num troféu de campeã a esse nível, pelo que a conquista deste domingo, em Oeiras, se traduziu na mais importante da carreira a par de outros quatro torneios de 100.000 dólares que já tinha ganho no passado — sempre em terra batida.
"Estou muito feliz, a semana foi excelente. Para ser sincera não me lembro de vencer um torneio depois de superar um grupo de jogadoras tão fortes e tão bem classificadas no ranking. Foi muito difícil para toda a gente porque havia muito boas jogadoras e é por isso que este troféu tem um sabor especial, porque tive de jogar o meu melhor desde a primeira ronda para conseguir superar todas as adversárias”, afirmou em conferência de imprensa.
 
Com o regresso ao top 60 assegurado (será 57.ª a partir de segunda-feira, a apenas 11 posições de igualar a melhor classificação da carreira), Danka Kovinic não terá muito tempo para celebrar, pois na segunda-feira já joga o WTA 1000 de Madrid, mas despediu-se de Portugal com boas memórias e também muitos elogios: "Espero e desejo que o torneio cresça pelo menos para a categoria WTA 125 porque tem condições excelentes. Há torneios maiores que não têm uma organização tão boa, por isso há definitivamente espaço para crescer. Espero voltar e espero que no próximo ano já seja um WTA 125”, concluiu numa despedida sorridente.
O discurso foi semelhante ao de Zsombor Piros, número 134 mundial que chegou a Portugal com o troféu de campeão do Challenger de Split (Croácia) na bagagem e sairá do país com peso adicional na bagagem.
 
Com nove vitórias consecutivas à entrada para a final deste domingo, o jovem húngaro de apenas 23 anos encontrou forças para uma derradeira grande exibição e superou o argentino Juan Manuel Cerundolo (123.º) por 6-3 e 6-4 para conquistar no Oeiras Open 125.
 
Natural de Budapeste, o sétimo candidato ao título esteve sempre na dianteira do embate frente a um jogador que na véspera tinha colocado um ponto final na campanha de Pedro Sousa.
 
Muito agressivo, em especial na pancada de direita que impôs desde o instante inicial para contrariar o estilo de jogo de Cerundolo (ex-79.º e vencedor do ATP 250 de Córdoba em 2021), mais tradicional no pó de tijolo e recuado no court, Piros só precisou de 1h28 e duas partidas para celebrar, de forma efusiva, o quarto e maior título Challenger da carreira.
 
"Estou sem palavras. Nunca tinha ganho tantos encontros consecutivos a este nível e para ser sincero surpreendi-me a mim próprio. O próximo passo é acreditar que o passo fazer mais vezes em vez de pensar que só aconteceu uma vez", revelou numa conferência de imprensa em que voltou a manifestar a admiração pelo torneio e pelo país.
 
"Esta semana foi obviamente mais especial porque acabei com o troféu nas mãos, mas mesmo no ano passado, em que perdi com o Gastão Elias nos quartos de final, saí daqui com sensações muito positivas. Gosto muito do público português, o clube é maravilhoso e a cidade é incrível, por isso gosto de tudo acerca deste torneio", reforçou o novo número 118 do ranking ATP, um máximo de carreira que o coloca no bom caminho para assegurar o objetivo de obter entrada direta no US Open.
 
Os elogios foram uma constante ao longo da semana e Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, recebeu-os com satisfação. Para o dirigente, "a única coisa que faltou nesta semana de ténis combinado foi termos mais jogadores portugueses nas rondas finais de singulares. No torneio feminino tivemos a Francisca Jorge e a Matilde Jorge a disputar o título de pares e no masculino o Pedro Sousa ficou muito perto de chegar à final de singulares, mas tivemos umas condicionantes relacionadas com o tempo que o obrigaram a jogar dois encontros no mesmo dia e isso traduziu-se numa desvantagem para ele. Mas estou bastante contente com o nível de ténis exibido não só no ATP Challenger 125, como no ITF W100.”
 
Esta foi a segunda vez que a Federação Portuguesa de Ténis organizou um ATP Challenger 125 e a primeira em que levou a cabo um ITF feminino de 100.000 dólares, por isso os objetivos para 2024 passam por "manter a semana de torneio combinado" num palco histórico do ténis nacional e apontar a uma nova categoria no circuito feminino: "Há a possibilidade e estamos a pensar em subir o torneio feminino para um WTA 125, que é o nosso grande objetivo. Estávamos à espera do feedback das jogadoras para sabermos como iria correr o Oeiras Ladies Open e agora vamos iniciar as conversações porque foi uma semana muito boa."
 
A finalizar, uma novidade: depois do Oeiras Ladies Open, que foi o torneio feminino mais importante dos últimos nove anos em Portugal, o país vai receber mais um ITF de 100.000 dólares já em julho, com a Figueira da Foz a ser palco do segundo torneio desta categoria entre os dias 23 e 30 de julho.
 

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024 – 01:22:12

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