- Carole Monnet e Alina Korneeva discutem final
- Eudice Chong e Arianne Hartono campeãs de pares
Terminou este sábado a prestação de Francisca Jorge no Figueira da Foz Ladies Open, onde a tenista portuguesa foi eliminada nas meias-finais de singulares daquela que foi a edição mais forte do torneio — promovido à categoria de 100.000 dólares e organizado pelo Tennis Club da Figueira da Foz com os apoios da Federação Portuguesa de Ténis e da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Depois de três prestações irrepreensíveis, a melhor tenista portuguesa da atualidade (324.ª WTA) sentiu a importância do momento e não conseguiu exibir-se ao nível dos dias anteriores, cedendo pelos parciais de 6-4 e 6-4 para Carole Monnet.
Num jogo do gato e do rato, a 186.ª classificada no ranking e sexta cabeça de série cometeu menos erros e acusou menos a importância do encontro.
Apesar de ter ficado longe do seu melhor ténis, Francisca Jorge ainda recuperou uma das duas quebras de serviço de atraso na segunda partida e ameaçou restabelecer a igualdade ao 10.º jogo, quando Monnet serviu para a vitória, só que não foi capaz de aproveitar nenhum dos cinco pontos de break criados.
“Foi um encontro difícil de digerir”, reconheceu em conferência de imprensa após concluir a campanha. “Senti desde o início que ia ser duro, porque ela não estava a falhar uma única bola e mostrou-se bastante aguerrida. Parecia que os pontos nunca acabavam e não geri da melhor forma a necessidade de ser mais agressiva e procurar a rede para tomar conta do ponto sem o fazer demasiado cedo.”
"Chegar à meia-final foi, sem dúvida, um bom resultado, mas podia ter feito mais. Vinha numa onda positiva de bom ténis e mesmo hoje senti que tive bons pontos e que fiz boas jogadas, mas não tive a consistência dos dias anteriores. Tenho a noção de que foi uma semana positiva e agora preciso de levar este nível e este ténis para as próximas semanas de treino e de competição, para que se torne mais natural assumir os pontos”, concluiu a melhor tenista portuguesa da atualidade, que graças a esta campanha regressará ao top 300.
Aos 21 anos, Carole Monnet apurou-se para a final de singulares de um torneio de singulares pela 15.ª vez na carreira. A jovem francesa já tem oito títulos (um dos mais recentes em Portugal, no ITF de 25.000 dólares de Lisboa no último mês de outubro) e no domingo tentará conquistar o mais importante de todos, dado tratar-se da primeira final de 100.000 dólares em que inscreve o nome.
A derradeira adversária da gaulesa será a jogadora que, independentemente do desfecho da final, sairá do Tennis Club da Figueira da Foz com mais vitórias: Alina Korneeva, pois para além das quatro no quadro principal ainda somou duas na fase de qualificação.
A tenista russa ainda só tem 16 anos, mas já dispõe de ténis para se intrometer no circuito principal e voltou a comprová-lo ao superar Harmony Tan (245.ª do ranking WTA e antiga 90.ª) por claros 6-4 e 6-2 em 1h24.
Apesar de ainda nem ser júnior (só celebrou o 16.º aniversário em junho) e de ter dado que falar este ano sobretudo por se ter sagrado campeã do Australian Open e de Roland-Garros de sub 18, a jovem de moscovo já tem dois títulos no circuito profissional.
Vencedora de um 15.000 dólares em Casablanca na temporada transata e de um 60.000 dólares em Pretória já esta época, também Korneeva tentará erguer, no Figueira da Foz Ladies Open, o troféu mais importante da carreira.
A final de singulares está marcada para as 11 horas de domingo e dará a conhecer a campeã da sétima e mais importante edição do Figueira da Foz Ladies Open, que este sábado coroou Eudice Wong Chong e Arianne Hartono como campeãs de pares.
As segundas cabeças de série confirmaram o favoritismo e derrotaram as russas Alina Korneeva e Anastasia Tikhonova por 6-3 e 6-2 para conquistarem o título — o segundo enquanto parceiras nos três torneios que disputaram juntas, todos em solo português: venceram o W40 de Montemor-o-Novo em junho e na semana passada caíram na primeira ronda do W40 do Porto.
Chong é a número 188 do ranking mundial de pares (já chegou a ser 134.ª) e ergueu o 27.º e mais importante título da carreira na variante. Já Hartono figura no 164.º posto depois de ter estado no 123.º e venceu uma prova pela 18.ª vez, igualando na Figueira da Foz a maior conquista da carreira (há exatamente um ano venceu uma prova da mesma categoria em Versmold, na Alemanha).
Fotos: Beatriz Ruivo