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Gastão Elias junta-se a Jaime Faria e Matilde Jorge na segunda ronda do Oeiras Open 125

 
- Henrique Rocha e Maria Garcia eliminados na primeira ronda
- Francisca Jorge e Matilde Jorge nos quartos de final de pares
Gastão Elias seguiu os passos de Jaime Faria e Matilde Jorge e apurou-se para a segunda ronda de singulares do Oeiras Open 125, o torneio combinado (WTA 125 e ATP Challenger 125) que a Federação Portuguesa de Ténis organiza no Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras, entre os dias 14 e 21 de abril.
 
De regresso a um palco de muito boas memórias, Gastão Elias (atual 398.º classificado no ranking ATP e antigo 57.º) estava a caminho da desforra contra Maks Kasnikowski (245.º) quando o lucky loser polaco desistiu devido a uma lesão na perna esquerda.
 
O frente-a-frente com o adversário que o derrotou na final do Indoor Oeiras Open 1, logo no arranque da temporada, foi de sentido único: o tenista da Lourinhã amealhou três quebras de serviço no primeiro parcial e mesmo antes da desistência tinha desperdiçado cinco pontos de break para se adiantar no segundo set.
 
O atual número seis nacional terminou o encontro com um aproveitamento de 100% de pontos com o primeiro serviço e só enfrentou um ponto de break ao longo dos 53 minutos de compromisso.
Esta foi a 16.ª vitória consecutiva para Gastão Elias no Court Central do Jamor, onde ergueu três títulos Challenger nos últimos três torneios que disputou: o primeiro em 2021 e os mais recentes em 2022, antes de uma lesão o obrigar a falhar o regresso ao torneio em 2023.
 
Novamente com boas sensações num palco que lhe diz muito, o ex-top 60 não quis repetir o discurso do passado e foi mais cauteloso na abordagem ao feito que tem no horizonte: “Apesar de não ter conseguido resultados brilhantes desde que joguei aqui em Oeiras, ganhei um número de encontros que me permite estar mais ou menos rodado e com confiança suficiente para chegar aqui e jogar a um bom nível. E parece que este campo tem uma magia qualquer que faz com que eu me sinta bem. Gosto do som da bola, sinto-me confortável e não diria que estou a jogar o melhor ténis da minha vida, como disse da outra vez, mas assim que entro dentro deste campo começo a sentir-me bem e em casa, por isso espero fazer como o Tsitsipas em Monte-Carlo, porque sempre que chega lá joga um ténis incrível e eu espero conseguir fazer isso aqui.”
 
Ainda sem pensar nas 20 vitórias seguidas que significariam o regresso aos troféus a este nível, não escondeu, no entanto, que "se jogar o que tenho jogado aqui tenho grandes possibilidades [de o conseguir], mas isto é um Challenger 125 e tudo pode acontecer."
 
Focado “jogo a jogo”, para já terá de apontar o foco ao italiano Samuel Vincent Ruggeri (272.º e vindo do qualifying), o adversário na jornada de quinta-feira.
Antes, o Oeiras Open 125 ficou sem o número dois nacional. A jogar um torneio deste circuito "em casa" pela primeira vez desde que inaugurou o palmarés Challenger, Henrique Rocha (206.º ATP) não conseguiu concretizar a reviravolta que chegou a ameaçar e perdeu por 6-3 e 7-6(1) com o francês Ugo Blanchet (192.º).
 
Um dia menos bom na resposta ao serviço fez com que o opositor, bastante agressivo por natureza, comandasse boa parte dos pontos. E a baixa percentagem de primeiros serviços (42%) também não ajudou o portuense de 20 anos recém-cumpridos, que ainda assim liderou o segundo set por 5-2 e teve um set point quando serviu ao 5-3, antes de um mau jogo de serviço (culminado numa dupla falta) descambar a remontada.
No torneio feminino, Maria Garcia não tinha uma tarefa nada fácil pela frente na estreia WTA, até porque à ocasião juntou um primeiro encontro frente a uma top 100. Mas a lisboeta de apenas 17 anos — que na última semana jogou pela primeira vez ao serviço da seleção nacional quer em singulares, quer em pares — deu uma boa réplica à britânica Harriet Dart e só perdeu perante a número 88 mundial após 84 minutos, com os parciais de 6-2 e 6-4.
 
A tenista portuguesa apresentou um bom nível e com a lição bem estudada criou dificuldades à britânica ao tirar-lhe a bola da altura da cintura — foi bem-sucedida sobretudo com a pancada de direita — e optar por vários amorties. O vento prejudicou muito o lançamento de bola de Dart (terminou o encontro com 29% de primeiros serviços colocados) e Garcia aproveitou para ganhar mais à vontade nos jogos de resposta e tomar a iniciativa no segundo serviço da adversária, conjugações que lhe permitiram construir vantagens de 2-0 e 4-2 no segundo set. Só que uma vez na frente aumentou o número de erros e do outro lado a experiência da britânica não perdoou, penalizando a frustração da jovem da casa com a conquista de quatro jogos consecutivos para fechar o duelo.
 
Este resultado deu a conhecer a próxima adversária de Matilde Jorge, que na véspera vencera a compatriota Ana Filipa Santos. Já Francisca Jorge, número um nacional e única das portuguesas que ainda não foi a jogo, só disputa a primeira ronda esta quarta-feira, contra a russa Anastasia Zakharova (154.ª).
Tal como nos singulares, na variante de pares também só huve um triunfo português: foi o de Francisca Jorge e Matilde Jorge, que apenas três dias depois de assegurarem a manutenção de Portugal no Grupo I da Billie Jean King Cup by Gainbridge não perderam tempo e venceram as britânicas Freya Christie (130.ª) e Alicia Barnett (114.ª, mas ex-59.ª e já com um título WTA no currículo), quartas cabeças de série, por claros 6-3 e 6-0 em 58 minutos.
 
Respetivamente 134.ª e 148.ª classificadas no ranking mundial da especialidade, as duas irmãs vimaranenses já têm 14 títulos lado a lado, mas todos no circuito ITF, e estreiam-se em provas do circuito WTA no Oeiras Ladies Open.
 
Vice-campeãs desta prova há um ano, quando era um W100, as duas melhores tenistas portuguesas da atualidade discutirão o acesso às meias-finais com Isabelle Haverlag e Suzan Lamens, ambas dos Países Baixos.
 
A jornada também ficou marcada pelo regresso feliz de Fabio Fognini a Portugal. De frustrado a descontraído, de desanimado a sorridente, o carismático italiano de 36 anos abriu o livro e deu uma amostra completa do que é capaz de fazer de raqueta na mão até que consumou a reviravolta (por 4-6, 6-4 e 6-4) contra Joris de Loore — belga que guarda muito boas memórias do Jamor, pois foi cá, mas nos campos cobertos de piso rápido, que em janeiro de 2023 ergueu o primeiro título Challenger da carreira.
 
O favoritismo de Fognini era evidente, mas demorou a ser confirmado porque o ex-número nove mundial (detentor de nove títulos no circuito principal, o mais recente no ATP Masters 1000 de Monte-Carlo em 2019) perdeu completamente a concentração quando serviu para não perder a primeira partida. Obrigado a trabalhos extra, empenhou-se — mesmo se, animicamente, a atitude nem sempre o daca a entender — e foi à luta, recuperando inclusive de um break de desvantagem na terceira partida.
 
Atualmente no 95.º lugar do ranking, o tenista de Sanremo (a 30km da fronteira com França) optou pelo Jamor porque não obteve entrada direta no quadro principal de nenhum dos torneios ATP que acontecem esta semana e para já a aposta está a revelar-se certeira. Primeiro cabeça de série, está garantidamente em melhor forma comparativamente à passagem anterior pelo nosso país, pois em novembro teve de desistir antes da segunda ronda do Maia Open, onde falhou o objetivo de chegar ao quadro principal do Australian Open.
 
Segue-se um encontro com o compatriota Stefano Napolitano (125.º), que chegou de Madrid com um troféu Challenger na bagagem e esta terça-feira superou o checo Jozef Kovalik (também campeão no domingo, mas em Split) por 7-6(1) e 6-2.
 
Fotos: Beatriz Ruivo e Sara Falcão/Federação Portuguesa de Ténis
 

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terça-feira, 30 de abril de 2024 – 10:37:57

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