- Henrique Rocha eliminado nos quartos de final, Sara Lança na segunda ronda
- Ritschard e Collignon na final masculina, torneio feminino com jornada dupla
- Sexta edição do Braga Open começa este domingo
Francisca Jorge e Matilde Jorge deram um toque festivo ao final da tarde deste sábado ao conquistarem pela segunda vez o título de pares no Del Monte Lisboa Belém Open, onde ergueram o 17.º título como parceiras no circuito internacional. Nos singulares, Henrique Rocha e Sara Lança não resistiram aos primeiros desafios de uma jornada dupla no Club Internacional de Foot-Ball, onde a Federação Portuguesa de Ténis e a MP Ténis organizam este torneio combinado (ATP Challenger 100 e ITF W75) com os apoios da Câmara Municipal de Lisboa e da Junta de Freguesia de Belém.
Campeãs na terra batida lisboeta há dois anos, Francisca Jorge e Matilde Jorge voltaram a sorrir por último no Club Internacional de Foot-Ball ao vencerem a final ibérica deste sábado frente às espanholas Yvonne Cavalle-Reimers e Angela Fita Boluda em duas partidas, com os parciais de 7-6(5) e 6-4 selados em 1h38 a concluírem aquele que foi o único encontro da variante a desenrolar-se ao ar livre.
As duas irmãs vimaranenses foram quebradas logo no jogo inaugural, mas foram rápidas a devolver o break e a partir daí comandaram a final, voltando a demonstrar um entrosamento diferenciado para celebrarem como parceiras pela primeira vez desde abril, o mês em que uma quinzena dourada em Oeiras lhes deu os dois troféus mais importantes — no WTA 125 do Jamor e no ITF W100 do CETO.
Vice-campeãs nas Caldas da Rainha há uma semana, Francisca Jorge e Matilde Jorge fecharam com a cereja no topo do bolo aquele que deverá ter sido o último torneio internacional como parceiras este ano.
Aos 24 anos, Francisca Jorge ergueu o 28.º título de pares da carreira no circuito internacional. Quatro anos mais nova, Matilde Jorge celebrou a conquista do 20.º troféu de campeã.
A tónica foi totalmente diferente nos singulares, com Henrique Rocha a ser afastado nos quartos de final do torneio masculino e Sara Lança a ceder na segunda ronda do feminino.
Depois de celebrar duas vitórias nos campos cobertos, o portuense de 20 anos (esta semana no 168.º lugar do ranking ATP) regressou ao Estádio CIF — onde iniciou o embate da primeira ronda antes da chuva obrigar a várias mudanças de planos — e não teve soluções para Emilio Nava (194.º).
O norte-americano esteve intratável e venceu por 6-1 e 6-2 em 60 minutos, mas depois já não teve energia para imprimir o mesmo nível no encontro das meias-finais e perdeu por 7-6(3) e 6-0 com Alexander Ritschard, que se juntou a Raphael Collignon [6-7(2), 6-2 e 6-4 frente a Elmer Moller) na final, marcada para as 16 horas de domingo.
“Até fiquei um bocadinho surpreendido com o nível que ele mostrou", admitiu o portuense na derradeira conferência de imprensa antes de rumar do CIF ao Clube de Ténis de Braga. "Tentei fazer de tudo e ir variando o que podia fazer para ver se o resultado mudava porque tínhamos treinado no início da semana e não era nada disto que esperava, mas ele fez tudo bem."
Rocha referiu-se ao encontro como “uma lição” e “uma tareia” para o qual não conseguiu encontrar soluções “apesar de ter mantido sempre uma atitude muito boa do início ao fim porque senti que ele esteve algumas vezes com a corda ao pescoço e que dois ou três pontos podiam mudar tudo.”
Ritschard e Collignon sorriram por último nesta jornada dupla e no domingo estarão frente a frente pela primeira vez — logo numa final.
No melhor momento da carreira, Ritschard (30 anos e número 121 mundial) começou o dia a superar o chileno Tomas Barrios Vera (159.º, ex-93.º) por 6-3, 4-6 e 6-2 em cerca de duas horas de compromisso de break abaixo no parcial final e na segunda metade do dia aproveitou o desgaste de Nava para descolar após o tie-break da primeira partida.
No currículo do suíço contam três títulos Challenger em sete finais, enquanto Collignon venceu uma das duas disputadas.
O belga (22 anos, número 191 mundial) também atravessa a melhor fase da carreira e viveu dois duelos completamente distintos este sábado. Isto porque antes de sofrer para vencer o lucky loser Moller após 2h23, num encontro em que chegou a liderar o set decisivo por 5-1 com dois match points no jogo seguinte, teve uma tarefa bem mais tranquila no duelo matutino, em que fuzilou Zsombor Piros (249.º) por esclarecedores 6-1 e 6-0 em 55 minutos.
Agendada para não antes das 16h, a final masculina será o último dos quatro encontros agendados para o derradeiro dia de Del Monte Lisboa Belém Open no CIF.
A jornada começará logo às 10 horas com as meias-finais femininas, onde uma das protagonistas é Guiomar Maristany (204.ª WTA). A jovem espanhola foi a que menos tempo despendeu para passar pela jornada dupla deste sábado, que começou com um triunfo por 6-2 e 6-1 em 49 minutos sobre Sara Lança — a wild card local, jogadora do CIF, que foi a única portuguesa a passar uma ronda — e terminou com uma vitória sofre a primeira pré-designada, Arantxa Rus (82.ª e ex-41.ª), por 6-3 e 6-4, após 1h33.
Campeã de um ITF W25 em Palmela há cinco anos (terceiro dos sete títulos de carreira), Maristany discutirá o acesso à final no CIF com a jogadora que mais tempo precisou de passar no court até resistir: a suíça Ylena In-Albon (348.ª WTA). Vinda do qualifying, a jovem de 25 anos superou na segunda ronda a francesa Chloe Paquet (110.ª) por 6-2 e 7-5 em 1h38 e depois precisou de 3h17 para levar a melhor sobre a compatriota Simona Waltert (216.ª) no tie-break do terceiro set, com os parciais de 7-6(6), 2-6 e 7-6(3) após anular um match point.
A outra vaga na final será discutida entre a qualifier Angela Fita Boluda (262.ª) — antes de jogar a final de pares celebrou por duas vezes em singulares (de manhã liderava por 6-4 e 1-0 quando Miriam Bulgaru desistir, à tarde levou a melhor sobre a britânica Francesca Jones, sexta cabeça de série, por 6-2 e 7-5) — e Victoria Jimenez Kasintseva (175.ª).
A andorrense de 19 anos arrasou uma das favoritas pela manhã (6-0 e 6-4 a Marina Bassols Ribera em 68 minutos), mas esteve entre a espada e a parede nos quartos de final e inverteu uma desvantagem de 0-6 e 0-3 para derrotar a ex-campeã Carole Monnet (vencedora da edição de 2022 no CIF) com os parciais de 0-6, 7-6(3) e 6-3 no último encontro de uma metade do quadro que precisou de recorrer aos campos cobertos.
O encontro de atribuição do título feminino também terá honras de Estádio CIF, não antes das 13 horas.
Também este domingo, mas 360km mais a Norte, começa a sexta edição do Braga Open, ATP Challenger 75 que a Federação Portuguesa de Ténis e o Clube de Ténis de Braga organizam pela sexta vez — entre 29 de setembro e 6 de outubro — com o apoio da Câmara Municipal de Braga.
O oitavo e penúltimo Challenger do ano no nosso país conta com quatro jogadores portugueses na fase de qualificação (Duarte Vale, Tiago Pereira, João Domingues e Francisco Rocha) e cinco já no quadro principal: Henrique Rocha e Jaime Faria com entrada direta, Gastão Elias, Frederico Silva e Pedro Araújo como destinatários dos wild cards reservados à organização.
Os quatro portugueses que compõem o elenco da fase de qualificação ocupam a programação do court central este domingo, a partir das 10 horas: Vale (525.º) mede forças com o sul-coreano Gerard Campana Lee (363.º), Pereira (528.º) com o croata Matej Dodig (276.º), Domingues (567.º) com o austríaco Sandro Kopp (339.º) e Rocha (716.º) com Joel Schwaerzler (374.º).
No quadro principal, Rocha (168.º), Elias (304.º) e Silva (487.º) terão de aguardar terão de aguardar pela conclusão do qualifying para conhecerem os primeiros oponentes. Faria (163.º) ficou a saber que discutirá a primeira ronda com Albert Ramos-Vinolas, espanhol que está no 133.º lugar, já foi 17.º e tem quatro títulos ATP no currículo, entre os quais o Millennium Estoril Open de 2021. Araújo jogará com Emilio Nava (194.º).
Fotografias: Beatriz Ruivo/FPT e Sara Falcão/FPT