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Francisca Jorge, Frederico Silva e João Couceiro são os campeões nacionais de 2024

 
- Oitavo título para a vimaranense, primeiro para o caldense
- Couceiro venceu em singulares pelo terceiro ano consecutivo
 
Francisca Jorge e Frederico Silva venceram a edição centenária do Campeonato Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto e João Couceiro revalidou o título de campeão nacional de ténis em cadeira de rodas no derradeiro dia da prova rainha do ténis nacional, organizada pela Federação Portuguesa de Ténis na nave de campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras, entre os dias 2 e 9 de novembro.
 
Menos de 24 horas depois de terem celebrado a conquista do sexto título em pares femininos, Francisca Jorge (190.ª no ranking WTA) e Matilde Jorge (339.ª) estiveram frente a frente na discussão de singulares pela quinta vez nos últimos seis anos e o desfecho voltou a ser favorável à mais velha e mais cotada, que venceu por 6-3 e 6-3.
 
Num embate com muitos nervos à flor da pele de parte a parte, a número um nacional lidou melhor com a ocasião, manteve-se mais lúcida e apresentou um nível médio superior, sendo quase sempre a jogadora com mais iniciativa e também a que cometeu menos erros.
 
Aos 24 anos, Francisca Jorge assinou a 31.ª vitória consecutiva no Campeonato Nacional Absoluto e igualou os oito títulos de Angélica Plantier para subir ao pódio das mais tituladas. À frente estão apenas Sofia Prazeres (venceu nove edições consecutivas de 1990 a 1998) e Leonor Peralta, que conquistou 10 títulos consecutivos entre 1967 e 1976 e depois ainda venceu mais três.
 
“Estou bastante feliz. Joguei bom ténis desde o início. Houve um momento em que se calhar senti as coisas um bocado tremidas e as emoções estavam mais à flor da pele, mas depois voltei a ser lúcida o suficiente para ir buscar o nível e procurar o nível outra vez. Tive mérito por fazer isso e consegui acabar a jogar bem”, disse a octacampeã nacional.
 
“A Matilde tem vindo a jogar cada vez melhor, ontem teve uma vitória bastante boa porque o nível estava elevadíssimo e senti que vinha com confiança para esta final, também porque está na melhor fase da carreira. Daí também ter sentido mais algum nervosismo, o nível tem subido e a minha margem de progressão vai ser sempre menor do que a delas porque sou mais velha, mas no geral estive bastante bem e mereci ganhar porque lidei com tudo isso”, acrescentou.
 
Admitindo a vontade de “continuar a perseguir recordes” numa competição em que escreve cada vez mais história, a melhor tenista portuguesa da atualidade seguirá ainda este sábado para o Funchal, acompanhada pela irmã, para o primeiro (ITF W50) de quatro torneios decisivos (seguem-se três WTA 125 na América do Sul) na luta pelo apuramento para o qualifying do Australian Open.
 
Frederico Silva (394.º ATP) também confirmou o estatuto de primeiro cabeça de série e igualmente com quatro vitórias em sets diretos.
 
De volta ao Campeonato Nacional Absoluto depois de três anos de ausência, o jogador das Caldas da Rainha superou as melhores prestações da carreira (tinha três derrotas em meias-finais) e só parou com o título nas mãos ao vencer Daniel Batista — o primeiro qualifier desde 2010 a chegar à final — por 6-1 e 6-2.
 
Numa final com pouca história, o favoritismo confirmou-se e Frederico Silva juntou o título de campeão nacional absoluto aos de campeão nacional de sub 12 (2007), sub 14 (2009) e sub 16 (2010).
 
“Vim aqui com o objetivo de sair com o troféu de campeão nacional, por isso estou bastante satisfeito. Fiz bons jogos ao longo da semana e hoje voltei a fazer uma boa exibição. Nem sempre jogamos ao nosso melhor nível numa final, mas o mais importante era sair com a vitória e controlei bem o jogo”, confessou depois de mais um dia perfeito.
 
Sobre a exibição deste sábado, Silva desconstruiu o aspeto decisivo: “Sabia que ele gosta de ter tempo para jogar no campo todo com a direita e que gosta de controlar com o slice do lado esquerdo, mas sendo canhoto senti que podia ter alguma vantagem se canalizasse o jogo com a minha direita de canhoto na esquerda dele. E foi um bocadinho por aí, tentei ser eu a comandar os pontos e consegui fazê-lo mesmo se o serviço não esteve tão afinado como durante a semana.”
 
Do Jamor, o número cinco nacional seguirá para o Sul do país, onde nas próximas duas semanas joga dois ITF M25 em Vale do Lobo antes de fechar a época no ATP Challenger 100 da Maia. De volta ao top 400 depois de boas semanas no circuito internacional, com destaque para um título em Sintra (já tinha ganho um em Castelo Branco e pelo meio perdeu uma final em Satu Mare, na Roménia), o objetivo passa por “acabar o ano o mais próximo possível do top 300”.
 
O último vencedor de singulares a ser coroado foi João Couceiro, que se agarrou ao ditado "não há duas sem três" e, depois de duas vitórias contra Carlos Leitão (o recordista de títulos nacionais) em finais, venceu Jean Paul Melo (que surge logo a seguir na lista de titulados) na decisão deste sábado, por 4-6, 6-4 e 6-3, para tornar-se tricampeão.
 
Aos 41anos, João Couceiro tornou-se no quarto jogador a conquistar pelo menos três títulos de singulares no Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas, seguindo Paulo Espírito Santo (quatro títulos), Jean Paul Melo (cinco) e Carlos Leitão (oito). Fábio Reis, o campeão ao qual sucedeu, foi o único a vencer a prova numa só ocasião.
 
Nos pares, Melo e Leitão levaram a melhor sobre Couceiro e João Sanona por 6-2 e 6-4 para ficarem com o título.
 
Fotografias: Sara Falcão/FPT
 

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terça-feira, 3 de dezembro de 2024 – 17:14:24

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