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Submarino Barracuda - Museu Depois do Mar

Decorria o ano de 1962  do século passado  quando recebo uma convocatória ,via CTT  ,para me apresentar  no Quartel da Graça, em Lisboa,   para " ir às sortes" ( inspeção militar ) no prazo indicado , não dando sequer  qualquer hipótese de falta . Foi precisamente o que fiz, e sendo um menino educado pior ainda. 

Chamaram-me um pouco depois , ordenando que me pusesse   "como vim ao mundo ", mediram a  minha altura  e peso e pouco depois  a prova final: INAPTO para a vida militar. ponto final !

Este  blá ,blá ,blá , como princípio do artigo até  faz sentido, pois não faço a minima ideia   ( digo eu )  de pensarmos em como será  a tristeza de um marinheiro que ao ver a sua "menina "  após largos anos de convívio  e muitas milhas feitas  a bordo do seu dorsal ,    ser desmantelada , carcomida pelo Sol ou simplesmente abandonada.

Felizmente ,não aconteceu com o" BARRACUDA" navio da Marinha de Guerra Portuguesa , que após muitos anos  de "reparações num estaleiro em Cacilhas , consegue rejuvenescer, agora 

em "estilo" MUSEU .

 

 UM POUCO da SUA HISTÓRIA

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Os submarinos operam regularmente  em imersão , destacando-se como navios furtivos , temíveis e dissuasores tanto pela aptidão de permanecerem invisíveis quanto pela capacidade  para realizar ataques de surpresa com armas altamente letais.

Os submarinos  diesel-elétricos , como o BARRACUDA , funcionam eletricamente alimentados por grandes baterias , as quais são carregadas por geradores a diesel.

Na execução deste processo, estes navios navegam a pouca profundidade , denominada "cota periscópica" ,que lhes permite içar o mastro SNORKEL acima da superfície do mar , para possibilitar a entrada do ar necessário para a combustão dos motores diesel.

O BARRACUDA , segundo de quatro submarinos da classe Albacora , adquiridos  à França, foi aumentado ao efetivo dos navios da Armada em 1968 e cessou a atividade operacional em 2010.

Com uma guarnição de 54 militares , podia embarcar até 65 ,incluindo elementos das forças de  Operações Especiais, Mergulhadores e Fuzileiros. 

Com 36 camas fixas, a maioria da guarnição usa  o sistema da "cama quente " para dormir. A capacidade de água doce era limitada a 13.500 litros sendo utilizada de forma racionada  apenas para

cozinhar e para higiene básica.

Até ficar em " doca seca"e agora "ressuscitado, o BARRACUDA  fez um percurso de  12 voltas ao Mundo ; navegou 263.358 milhas náuticas , sendo 180.000em imersão , registou 52.622 horas de navegação,68,1% em imersão ; perfazendo 3.090 dias de mar. Tem de comprimento  57,78 metros  e 10.46 mt. de altura 

A  "ressurreição"  do NRP BARRACUDA teve como "Padrinho do evento " o Almirante Gouveia e Melo , Chefe do Estado-Maior da Armada. Presentes também na cerimónia naval , entre outras altas Individualidades , Inês de Medeiros, Presidente da Câmara Municipal de Almada , fervorosa impulsionadora do assunto em questão e também, ( fez questão em referi-lo )a implantação  de um novo Terminal cujo edifício já  existe,  paredes-meias com o local onde agora  também "vive" como Museu , a Fragata D. Fernando II e  Glória 

 A partir de sábado dia 11 de maio  o Museu " Submarino BARRACUDA "  estará aberto ao público em geral. 

 

Texto e Fotos: José Carlos Pinto

 

clique na imagem para visualizar a fotorreportagem

 

 

 

 

 

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domingo, 13 de outubro de 2024 – 16:46:01

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