O Campeonato Nacional de Marcha de 20 km em estrada, que se realiza na Batalha no próximo sábado (27 de Fevereiro), não é considerado nos critérios específicos de Seleção Nacional definidos pela Federação Portuguesa de Atletismo para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016.
Conforme se pode constatar no documento federativo «
Critérios de Seleção 2015/2016», os critérios específicos para o referido evento indicam que no caso de haver mais de três atletas com marcas de qualificação nas provas de marcha, o sistema de seleção respeitará prioridades, contemplando, em primeiro lugar, os atletas finalistas no Campeonato do Mundo de 2015 como pré-selecionados (Ana Cabecinha, 4.ª no mundial de Pequim-2015). Depois, indica que será selecionado o atleta melhor classificado no Grande Prémio de Rio Maior (9 de Abril), de entre os que não estão pré-selecionados. Após isso, o desempenho no Campeonato do Mundo de Marcha por Nações (Roma, 7 e 8 de Maio) será determinante para a seleção de uma vaga, considerando-se o atleta melhor classificado de entre os que não estão pré-selecionados.
Ora, sabendo-se que, de há vários anos a esta parte, mais de três atletas conseguem as marcas de qualificação, em particular no setor feminino (20 km), o que acontecerá também este ano, questiona-se a ausência nos critérios específicos para o Rio de Janeiro de qualquer referência à Batalha (27 de Fevereiro) e ao campeonato nacional que aí se realiza, algo que contraria o sucedido em 2015 para igual campeonato federativo.
Independentemente de quem possa vir a ser beneficiado ou prejudicado por esta intencional omissão, é no mínimo estranho que aconteça, sabendo-se, pelo histórico de seleções, que nem sempre o processo tem sido transparente. De todo!
Resta aferir os desempenhos do próximo sábado, na Batalha, pelos critérios gerais, nomeadamente pelos mínimos de participação que, como indicado pela FPA «tornam o atleta selecionável, mas não, só por si, selecionado».
O Marchador