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César Machado e Mariano Pires em contagem decrescente para a estreia na GT4 South European Series

 

 

Aproxima-se a passos largos a segunda prova da GT4 European Series em Jarama. Esta prova marcará o início da temporada para César Machado e Mariano Pires, os dois pilotos da Skywalker Racing Management que este ano se juntam para disputar o recém-criado Campeonato com a ABM Grand Prix num Ginetta G55.

O projecto delineado pela estrutura liderada por Tiago Monteiro é ambicioso para os dois pilotos, pois, pese embora César Machado já tenha experiência em provas internacionais e um currículo mais extenso, Mariano Pires disputará apenas o segundo ano nos automóveis, depois de ter brilhado durante anos no karting. Os dois jovens pilotos esperam constituir uma dupla sólida capaz de discutir vitórias e deixar a sua marca nesta categoria. 

A propósito do início da época, os dois pilotos juntaram-se para responder a algumas questões:

Como surgiu a oportunidade de disputar a GT4 South European Series?
César Machado: Esta oportunidade surgiu através do Tiago Monteiro e da estrutura da Skywalker. Após algumas tentativas de perceber o que seria melhor para dar continuidade à minha carreira desportiva, surgiu a oportunidade de poder ingressar neste campeonato dando assim o primeiro passo no mundo dos Grande Turismo.
Mariano Pires: O meu objectivo sempre foi, depois do Kia Picanto Gt Cup, passar para uma categoria que já se aproximasse do meu objetivo (GT’s). No início ainda não tinha surgido a oportunidade do GT4, por isso íamos optar por escolher outro campeonato para ganhar mais experiência. Entretanto, surgiu esta oportunidade para o campeonato GT4 South European Series. Achámos que era um excelente passo, carros com bastante potência e mais próximo do que eu pretendo para a minha carreira.

Quais as mais-valias deste campeonato?
Mariano Pires: Acho que este campeonato tem muito potencial para crescer, penso que vamos ter corridas interessantes com uma grelha competitiva, o que nos vai permitir ganhar muita experiência, não só na condução mas também nas corridas em si.
César Machado: A categoria GT4 está em crescendo em todo o mundo e a GT4 South European Series é uma boa porta de entrada para o mundo dos Grande Turismo. Esta categoria para além da espetacularidade dos carros tem um custo ligeiramente inferior a outras categorias, sendo que todos os participantes são obrigados a dividir o carro com outro piloto, o que torna inferior o custo. Ao mesmo tempo, há uma ligação direta aos vários construtores o que torna um meio interessante.

Como surgiu a oportunidade de correrem em conjunto?
César Machado: Mais uma vez, esta oportunidade surgiu através do Tiago Monteiro, uma vez que tinha dois dos seus pilotos, eu e o Mariano, sem o plano definido, fruto da escassez de parceiros. Basicamente, juntou-se o útil ao agradável e assim fazemos uma equipa totalmente Skywalker.
Mariano Pires: Eu e o César já nos conhecíamos das corridas, sempre o vi como um grande piloto, com muita experiência em várias categorias e espero, o mais rápido possível, chegar ao excelente andamento que de certeza ele vai mostrar. O facto de ambos fazermos parte da Skywalker pode ser uma mais-valia pois a experiência do Tiago Monteiro, líder deste projecto, vai-nos ajudar na evolução como pilotos.
 
Quais os vossos pontos fortes e pontos fracos, enquanto dupla?
Mariano Pires: Penso que temos bastantes pontos fortes como dupla. O César, sendo um piloto mais experiente nos automóveis e eu tendo sobretudo muita experiência no Karting, penso que vamos tirar o máximo partido de tudo o que aprendemos até agora nas nossas carreiras. A vontade de vencer, a ambição e o querer andar sempre na frente, de certeza que é um ponto em comum. Poderá ser um ponto menos forte o facto de estarmos ambos dependentes de patrocínios, termos a época contada e não conseguirmos testar tanto como os nossos adversários.
César Machado: Acho que um ponto forte é o facto de ambos sermos jovens e termos vontade de dar o máximo a cada instante. Damo-nos muito bem e acho que como equipa não será diferente. A minha experiência com vários tipos de carros e a experiência internacional que tenho acho que será um ponto forte também. Como ponto menos forte enquanto dupla, talvez a pouca experiência do Mariano nos automóveis. No entanto, esta acaba por ser compensada com a vasta experiência no karting, que dá uma enorme bagagem e estou certo que ele vai ser uma grande surpresa para os mais cépticos. 

Quais os objectivos que traçam para este ano?
Mariano Pires & César Machado: Os objetivos para este ano são ganhar o máximo de experiência e lutar pela vitória em todas as corridas, tirando o máximo proveito possível desta oportunidade.

E o carro? Qual a vossa opinião?
César Machado: Apesar de não ser o fabricante com o nome mais sonante, o carro é bom. Não conseguimos ter grande termo de comparação com os outros carros, é verdade mas parece-me um carro com vantagens e que já demonstrou ser capaz de lutar por vitórias. O facto de ter um chassis tubular, que o torna mais leve do que alguns carros pode ser uma vantagem mas, por outro lado, é menos potente do que alguns concorrentes. Penso que, no final, o ‘Balance of Performance’ será preponderante no desempenho dos carros e nós estaremos lá para tirar o melhor partido disso.
Mariano Pires: Foi a primeira vez que testei um carro deste género, nunca tinha andado num carro de tração traseira, muito menos com uma relação peso/potência tão boa, são 400cv para 1000kg. Achei o carro fantástico, um pouco difícil de reconhecer os seus limites, mas acredito que rapidamente me vou adaptar ainda melhor a esta diferente realidade.
 
Sendo pilotos tão jovens e num mercado cada vez mais competitivo como gerem a questão dos patrocínios e o orçamento necessário para competir?
Mariano Pires: Para fazer este tipo de competição dependo exclusivamente de patrocínios. Sou de Ponte de Lima, onde há pouca indústria e algum turismo. As empresas e as entidades estão focadas no apoio a outro tipo de desportos, talvez por desconhecerem o potencial de retorno que esta modalidade trás. Felizmente, há algumas exceções à regra e tenho que agradecer a aposta que os meus parceiros fazem em mim para promover as suas marcas. Da minha parte tudo farei para dar retorno a esses investimentos, pois sem eles nunca poderia sonhar em correr a este nível.
César Machado: Não é fácil. Felizmente tenho do meu lado alguns parceiros que apostam em mim e acreditam no meu potencial, aos quais agradeço profundamente, mas nem sempre é fácil encontrar o orçamento necessário para fazermos os campeonatos mais indicados para nós. O Tiago Monteiro e a estrutura da Skywalker têm um papel fundamental nesta questão o que é uma ajuda muito grande em algumas decisões que têm de ser tomadas.
 
Aproxima-se a primeira prova para vocês, já conhecem o circuito? O que pensam conseguir fazer nesta jornada?
Mariano Pires & César Machado: Já falta muito pouco para a nossa primeira prova em Jarama! Vamos aproveitar ao máximo as sessões de treinos livres, não só para nos habituarmos ainda mais ao carro, mas também para conhecer a pista que, até lá, só conhecemos do simulador. Somos lutadores, acho que chegaremos rapidamente ao ritmo e por isso, o objetivo é ganhar!

 

 

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024 – 14:58:02

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