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F1 Melbourne: tiro de partida e algo de novo pódio

Melbourne: tiro de partida e algo de novo pódio 
O 75.º Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA está prestes a arrancar na Austrália, mais precisamente no Albert Park em Melbourne, que alberga um circuito citadino semi-permanente. A corrida na capital do Estado de Victoria assinala o início de uma longa época com 24 provas, um número recorde alcançado pela primeira vez no ano passado. No total, a Fórmula 1 visitará cinco continentes.
 
Os compostos
Depois de ter "amaciado" as suas escolhas de compostos no ano passado, a Pirelli confirmou os mesmos compostos par a primeira prova de 2025: C3 (Duro), o C4 (Médio) e C5 (Macio). Contudo, comparativamente ao ano anterior, os pneus sofreram evoluções ao nível da construção e dos próprios compostos. A construção foi ligeiramente alterada para lidar com o aumento das cargas aerodinâmicas que deverão ser geradas pela versão final da atual geração de monolugares. Já no que toca aos compostos, o C3, o mais versátil em termos de equilíbrio e degradação, permanece praticamente igual à versão utilizada nas últimas duas épocas. O C4 foi alterado para reduzir o risco de granulação na superfície do pneu e minimizar a degradação, melhorias que também foram aplicadas ao C5, com o objetivo de ampliar o seu potencial de utilização durante as corridas. Há quinze dias, nos testes de pré-temporada realizados no Bahrein, o C3 foi o mais utilizado, acumulando mais de dois terços do total de quilómetros percorridos.
 
Assim, as equipas e pilotos têm disponíveis muitos dados relativos a este composto, que é bastante semelhante ao do ano passado. No entanto, terão de considerar que a superfície da pista de Sakhir apresenta características muito diferentes das que irão encontrar no Albert Park, o que explica por que motivo na Austrália o C3 será o composto Duro, enquanto quando o campeonato chegar ao Bahrein, será o Macio.
 
Algo novo no pódio
A cerimónia de pódio do Grande Prémio da Austrália marca o início de uma colaboração entre a Pirelli Design e Denis Dekovic, designer mundialmente reconhecido, que criará 14 versões diferentes do icónico boné Pirelli Podium Cap, que será utilizado pelos três primeiros classificados de cada prova do Campeonato Mundial de Fórmula 1. Dekovic presta homenagem às tradições e à identidade cultural dos países anfitriões através das cores e dos materiais escolhidos. Com mais de 30 anos de experiência na área do vestuário desportivo, Dekovic apresenta uma visão única, com peças exclusivas que personificam desempenho, precisão e prestígio, en refletem a procura pela excelência da Pirelli dentro e fora das pistas. A coleção estará disponível para venda numa nova plataforma de e-commerce dedicada (https://store.pirelli.com/) já a partir deste fim de semana, começando pelos bonés das três primeiras provas da temporada
Em 2024
 
No ano passado, a estratégia mais popular foi a de duas paragens, com o pneu Duro a ser o mais utilizado, em cerca de 80% dao total das voltas realizadas, com uma média de duração de 22 voltas por stint. Apenas três pilotos optaram por iniciar com pneus Macios, com o stint mais longo a atingir sete voltas, enquanto dois pilotos começaram a corrida com pneus Duros. O composto Médio foi o mais popular na grelha, escolhido por 15 pilotos no inicio da corrida.
 
A granulação fez-se sentir ao longo do fim de semana, embora nunca tenha chegado realmente a comprometer o desempenho dos pneus. O Albert Park poderá constituir o primeiro verdadeiro teste para verificar se as alterações introduzidas, especialmente nos compostos C4 e C5, irão produzir os resultados esperados.
 
O circuito de Albert Park
 
A superfície da pista não sofreu alterações desde que foi renovada em 2022 não sendo demasiado agressiva para os pneus. A única modificação ao traçado do circuito, que inclui algumas secções normalmente abertas ao trânsito comum, foi feita nas curvas 6 e 7, onde as barreiras e os corretores foram ajustados como medida de precaução, para evitar que se repitam alguns acidentes ocorridos no passado nesta zona. Com uma extensão de 5,278 quilómetros, o circuito combina retas rápidas com curvas técnicas de baixa e média velocidade e alguns pontos de travagem forte.
 
Nesta altura do ano, na Austrália, o verão dá lugar ao outono e o clima pode ser muito variável, com grandes oscilações de temperatura de um dia para o outro e a possibilidade frequente de chuva. Tal cenário pode levar à estreia do novo pneu de chuva extrema (Full Wet), cujas alterações incluem um novo desenho da banda de rodagem para reduzir o movimento dos blocos, evitando o sobreaquecimento, enquanto o composto utilizado está mais próximo do pneu Intermédio, o que pode proporcionar-lhe um intervalo operacional mais amplo em condições transitórias.
 
Há sempre muita atividade na pista, começando logo na quinta-feira. Além da Fórmula 1, Fórmula 2 e Fórmula 3, decorrem também provas da Porsche Carrera Cup e do campeonato Australian Supercars, o que significa que, ao longo dos quatro dias, uma grande quantidade de borracha é depositada no asfalto, aumentando significativamente o nível de aderência.
Keyword: GRAINING
Graining é um termo utilizado no automobilismo para descrever um fenómeno que ocorre na superfície dos pneus. Quando esta superfície é sujeita a tensões que atingem um nível suficiente para provocar o rompimento do composto, formam-se microfissuras que criam irregularidades na banda de rodagem, resultando em picos e depressões cuja profundidade varia consoante a gravidade do fenómeno.
 
Este fenómeno de granulação reduz a aderência proporcionada pelo composto e afeta significativamente o desempenho do monolugar, especialmente durante a travagem, a aceleração e nas curvas. O graining surge geralmente quando as temperaturas da pista são baixas ou quando os pneus não se encontram no intervalo ideal de funcionamento para fornecer níveis máximos de aderência. O traçado do circuito, o estilo de condução e a afinação do carro também podem contribuir para a ocorrência deste fenómeno. Gerir adequadamente a granulação é uma parte essencial da estratégia de corrida, uma vez que acelera a degradação e o desgaste dos pneus, influenciando assim o desempenho geral do veículo durante a prova.
 
A box das estatísticas
Este fim de semana realiza-se a 39.ª edição do Grande Prémio da Austrália. As primeiras 11 edições, entre 1985 e 1995, decorreram todas em Adelaide; a partir de 1996, passou a realizar-se sempre em Albert Park, exceto em 2020 e 2021, quando a prova foi cancelada devido à pandemia de Covid-19. Adelaide tradicionalmente acolhia a última corrida da temporada, enquanto Melbourne se afirmou como uma das primeiras provas do ano, figurando muitas vezes como a prova inaugural, como acontece este ano.
 
Michael Schumacher lidera a lista de vencedores com quatro triunfos, seguido por Jenson Button e Sebastian Vettel, ambos com três. Outros 20 pilotos já venceram na Austrália, tornando esta prova uma das corridas com maior número de vencedores diferentes. No entanto, apenas 15 pilotos conquistaram a pole position, sendo Lewis Hamilton quem mais vezes partiu da frente (oito vezes), seguido por Ayrton Senna com seis poles.
 
As equipas mais bem-sucedidas são a McLaren e a Ferrari, cada uma com 11 vitórias. A Scuderia Ferrari venceu duas das últimas três edições, em 2022 com Charles Leclerc e em 2023 com Carlos Sainz, enquanto a McLaren, atual campeã mundial, não vence em Melbourne desde 2012, ano em que Jenson Button conseguiu o triunfo. Com o primeiro e segundo lugares alcançados em 2024, a Ferrari tornou-se na equipa com mais pódios (28), ultrapassando a McLaren (27).
 

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terça-feira, 18 de março de 2025 – 16:18:15

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