Celebramos Fernanda Lapa no São Luiz

 

Estrou a 11 de março no Teatro São Luiz, o espetáculo e(u)co(m)lógica, de José Laginha, uma abordagem que cruza a Crise Climática e o funcionamento do Cérebro Humano. O percurso dramatúrgico foi enriquecido por cientistas, ativistas e criadores, abordando empatia, ecologia e a força das nossas ações individuais e coletivas. Em cena até 14 de março, na sala Mário Viegas. 

 

A 15 de março, na sala Luis Miguel Cintra, estreia-se o espetáculo de homenagem e celebração a Fernanda Lapa, Deseja-se Fernanda!, texto de Ana Lázaro, encenação de Cucha Carvalheiro e interpretação de Ana Sampaio e Maia, Carla Bolito, Luís Gaspar, Margarida Cardeal, Marta Lapa e Nuno Vieira de Almeida. 

O espetáculo celebra também os 30 anos da Escola de Mulheres fundada por Fernanda Lapa. Em cena até 23 de março, com sessões com interpretação em Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição a 21 e 23 de março. 

 

Deseja-se Fernanda! 

Texto original Ana Lázaro e Encenação Cucha Carvalheiro 

 

Estreia-se a 15 de março, no Teatro São Luiz, na sala Luis Miguel Cintra, o espetáculo Deseja-se Fernanda! texto de Ana Lázaro, uma encenação de Cucha Carvalheiro e interpretação de Ana Sampaio e Maia, Carla Bolito, Luís Gaspar, Margarida Cardeal, Marta Lapa e Nuno Vieira de Almeida. 

 

Em 2025, a Escola de Mulheres celebra 30 anos da sua criação e assinala cinco anos sobre a morte de Fernanda Lapa. O título do espetáculo não é inocente. Deseja-se Mulher, de Almada Negreiros, foi a primeira encenação profissional da Fernanda Lapa. “Como é que a Fernanda encenaria hoje um espetáculo em sua homenagem?”, interroga-se Cucha Carvalheiro, que faz a encenação de Deseja-se Fernanda!. “Obviamente recusaria tal encomenda, ainda por cima feita pela companhia que fundou… e, no entanto, para nós, seus cúmplices artísticos em tantos trabalhos, quanto desejaríamos que nos guiasse neste desafio que a Escola de Mulheres nos lançou… Deseja-se um espetáculo que, longe dos encómios e saudosismos que ela sempre recusou, celebre uma vida e obra de mérito, que ela encarou com inquietação e entusiasmo, alegria e vitalidade, humor e compaixão. E música, claro!” 

O espetáculo está em cena até 23 de março, sessões com interpretação em Língua Gestual Portuguesa e com Audiodescrição, a 21 e 23 março: 

sexta, 20h – Reconhecimento de palco às 19h; 

domingo, 17h30 – Reconhecimento de palco às 16h30. 

 

Próxima semana… 

Dia Mundial da Marioneta – Apresentação do FIMFA Lx25 

A TARUMBA – TEATRO DE MARIONETAS 

 

A apresentação anual do programa do FIMFA Lx – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas, é no dia 21 de março, para assinalar o Dia Mundial da Marioneta, já se tornou uma tradição no Teatro São Luiz, sala Bernardo Sassetti. Este ano tem um sabor especial: é a 25.ª edição e os 25 anos de FIMFA, que tem realização prevista para 8 de maio a 1 de junho, em vários espaços de Lisboa. 

 

Projeto multidisciplinar de dimensão internacional, empenhado na promoção, divulgação e reconhecimento do universo das formas animadas, o FIMFA transforma-se em cada edição numa plataforma performativa das artes da marioneta, com a apresentação de artistas conceituados e jovens criadores com projetos inovadores. Uma mostra do que melhor se produz atualmente nesta área artística, complementada por diversas atividades paralelas. Todos os anos, o FIMFA confirma-se como um dos mais importantes pontos de encontro internacionais do teatro de marionetas contemporâneo, afirmando-se nacional e internacionalmente, desde 2001, como um espaço de programação inovadora e alternativa, apresentando as formas contemporâneas de teatro de marionetas para um público adulto, mas não esquecendo o seu contraponto com as mais tradicionais. Desenhado numa perspetiva de transversalidade artística, o FIMFA apresenta criações que integram uma grande diversidade de técnicas (sombras, objetos, manipulação direta, teatro visual, etc.) e propostas estéticas, estabelecendo ligações entre a marioneta e as outras artes. 

 

Entrada livre sujeita à lotação da sala. Bilhetes disponíveis no próprio dia na bilheteira do Teatro a partir de uma hora antes do evento (até 2 por pessoa). 

 

Estranha Profecia 

A partir de textos de Heinrich von Kleist, Encenação Maria Duarte  

 

O espetáculo Estranha Profecia, a partir de textos de Heinrich von Kleist, estreia-se no Teatro São Luiz, na sala Mário Viegas, no dia 22 de março, uma encenação de Maria Duarte e interpretação de Catarina Rôlo Salgueiro, Flávia Lopes, Leonardo Garibaldi, Nuno Pinheiro, na Trompete David Rodrigues. 

 

Estranha Profecia e Outros Textos é uma antologia de textos de Heinrich von Kleist, alguns célebres como A mendiga de Locarno, Sobre o teatro de marionetas, Um princípio da crítica superior, Carta a um Jovem poeta; pequenos episódios do quotidiano de Berlim do início do século XIX, relatos de polícia, ocorrências estranhas, opiniões, pequenas histórias, anedotas, críticas, podendo ser lidos como trabalho literário de um escritor invulgar ou como escrita jornalística moderna. A coexistência num espaço delimitado (uma folha desdobrável – o jornal) de formas híbridas e impuras, questiona “onde começa e o que é um texto literário?”; a subversão que configura um conflito entre literário e não literário, ficcional e real, fictício e factual, poético e histórico; a narrativa paralela em contraponto à “história oficial”; o “instantâneo” da escrita e da receção; o processo de apropriação e transformação; o verosímil, o inverosímil, a experiência e a verdade; por último, uma miscelânea ostensiva de formas e registos com o intuito de “entretenimento de todas as classes da população”, nas palavras do próprio Kleist. O encontro e afinidade dos artistas no projeto Estranha Profecia é satisfazer uma dimensão sensível que é transmitida e sobrevive pela memória (herdada e presente), criar um espaço de pensamento único e imprimir à atualidade cultural portuguesa um momento de pathos – uma singularidade sensível. 

 

A partir de textos de Heinrich von Kleist, in Estranha Profecia e Outros Textos, publicados no Berliner Abendblätter, jornal diário dirigido e redigido por Kleist entre 1 de outubro de 1810 e 30 de março de 1811. 

 

O espetáculo está em cena até 30 de março, sessões com interpretação em LGP e com audiodescrição, a 28 e 30 março: 

sexta, 19h30 – Reconhecimento de palco às 18h30; 

domingo, 16h00 – Reconhecimento de palco às 15h00.