18 anos ao serviço do Desporto em Portugal

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Maria Areosa

 
 
Triatleta
 
 
 
 
 
 
Maria Areosa, natural de Colares - Sintra. 
 
Iniciou a modalidade em 2000 pelo Clube de Natação do Cartaxo, onde permaneceu até à interrupção em 2004 (depois de ter sido a primeira pessoa a ficar de fora da qualificação olimpica).
 
Regressada em 2008, o objectivo principal é a qualificação para os Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
 
A qualificação começa agora na terceira etapa do mundial de Triatlo; Madrid, 6 de Junho
 
- Lembra-se como e quando deu os primeiros passos no desporto?
 
Nadava num clube no Cartaxo e mais tarde no Sporting Clube de Portugal. Os meus pais são os dois professores de Educação física pelo que sempre estive ligada ao desporto.
 
- Como é que começou a participar em provas de triatlo?
 
O meu treinador do clube de natação do Cartaxo era triatleta, foi ele que me deu a conhecer a modalidade, aos 16 anos.
 
 
- Qual foi a primeira prova que ganhou?
 
Portimão em 2001.
 
 
- Quando criança, o que queria ser quando fosse grande?
 
Professora primária! A vida dá mesmo muitas voltas.
 
  
- Desportivamente falando, se não fosse triatleta, qual seria a sua opção?
 
Nunca gostei de vidas de rotina. Acho que estaria ligada a uma profissão dinâmica, como produção, que neste momento é a minha área.
 
 
- Local de treino
 
Neste momento integro o centro de alto rendimento de Montemor o velho. Um novo pólo de desporto com excelentes condições.
 
 
 
- Que características considera indispensáveis para se estar entre as triatletas da "alta roda" mundial?
 
Sempre ouvi dizer que as características de um triatleta eram a inteligência e depois a paciência, respectivamente.
 
  
- Qual o seu maior feito desportivo, até ao momento?
 
Prefiro chamar-lhe proud moment (momento de orgulho): Sevilla 2002 quando fui a primeira portuguesa a entrar para o Ranking do Mundo. Nada o fazia querer.
 
 
- E a sua maior “desilusão”?
 
Ser a primeira atleta a ficar de fora dos jogos Olimpicos em 2004,na ultima semana de qualificação.
 
 
- É profissional de triatlo ou exerce outra profissão?
 
Não é fácil conciliar outra coisa com o Triatlo. No entanto, acho que é importante mantermos outras coisas: estou a acabar o meu curso de audiovisual e multimédia e frequento um curso de inglês num instituto
 
  
- No desporto, qual é o seu maior ídolo? E na vida? Porquê?
 
A Vanessa Fernandes tem sido sem duvida o nosso ponto de referencia. Não só pela sua força física mas pela força mental que tem demonstrado nos momentos difíceis
 
Na vida?  Não sei se é um ídolo, diria mais uma referencia: Pablo Picasso. Invejo-o por ter encontrado a maneira de transmitir todos os seus pensamentos de uma forma tão particular
 
 
- Por ser triatleta, tem que se privar de algumas coisas de que gosta?
 
Sim. Não é fácil. São raros os momentos do ano em que nos sentimos realmente em forma. Mas é nesses momentos que compensa tudo aquilo que deixámos por fazer. 
 
   
- Como é que consegue conciliar as vertentes familiares, profissional, social e desportiva, no seu dia-a-dia?
 
É tudo uma questão de opção. Eu treino. Outros vão ao escritório das 9 as 6.
 
 
- Compete um pouco por todo o mundo. Até ao momento, qual foi a prova em que gostou mais de participar? Porquê?
 
Gosto preferencialmente de provas á beira mar. Rio de Janeiro e Cancun são as minhas provas favoritas.
 
 
- No ano passado, devido a problemas de saúde, viu-se obrigada a afastar-se das competições. Pode
contar-nos, resumidamente, o que se passou? O internamento e todo esse período menos bom mudaram a sua maneira de ver a vida? Como?
 
Faz agora um ano, foi-me diagnosticado tromboses múltiplas nos membros superiores. Foi complicado porque sei que isso me vai limitar de certa forma em toda a minha carreira desportiva.
 
Sendo diagnosticado mais cedo, a recuperação teria sido bem mais rápida. Foi importante parar para pensar que não há nada mais importante do que a nossa saúde.
 
Era muito extremista e achava que não havia nada físico que nos fizesse parar. Hoje em dia estou mais atenta aos sinais que o meu corpo me dá.
 
- O que gosta de fazer nos seus tempos livres?
 
Praia… o mar dá-me uma grande calma e respostas que não encontro em mais nenhum sitio. 
 
 
- Indique-nos um disco, um livro e um filme que façam parte das suas preferências.
 
Banda: Nouvelle Vague
Livro: O segredo
Filme: Closer
 
 
 
- Como perspectiva o seu futuro, depois da prática do Triatlo?
 
Quando era pequena, queria ser professora primária. Entrei em arquitectura e neste momento estou a acabar audiovisual e multimédia. Acho que percebi finalmente que não vale muito a pena pensar nisso.
 
 
- Que mensagem quer deixar, a quem lê esta entrevista?
 
Não interessa que os outros acreditem. Interessa que nos façam acreditar.
 
Agradecer em vez de pedir é a chave para sentirmos que continua a valer a pena.
 
 

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sexta-feira, 29 de março de 2024 – 05:31:54

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