O alpinista Ângelo Felgueiras está no continente sul-americano a treinar para a subida ao Monte Vinson, na Antárctida. O comandante da TAP, em fase de preparação, vai escalar o Aconcágua, partindo depois para Patriot Hills (Antárctida), para o desafio da montanha gelada.
Tal como nas duas escaladas anteriores, o Comandante da TAP, apoia novamente uma causa social com o objectivo de ‘vender’ cada metro de ascensão por um euro, para ajudar instituições de solidariedade: Associação do Moinho da Juventude, na Cova da Moura, Amadora (2007) e Escolinha de Rugby do ATL da Galiza, do Bairro do Fim do Mundo, em S. João do Estoril (2010).
Desta vez o desafio, ao qual se juntaram novamente a GROUPAMA Seguros (parceiro desde 2007) e a Fundação EDP (vai contribuir com um euro por cada euro associado), é apoiar o projecto Escolinha de Rugby da Damaia.
A trabalhar o projecto da Escolinha de Rugby da Damaia está a Organização Não Governamental (ONG) Máquina do Mundo, presidida por Frederico Martins e que tem como coordenadora de projecto Filipa Gonçalves. Esta ideia partiu do presidente da organização, adepto de rugby, que se inspirou na Escolinha de Rugby da Galiza e teve em conta os poucos espaços para os miúdos do Bairro 6 de Maio (Damaia) brincarem e praticarem desporto.
Depois de conquistadas as seis maiores montanhas de cada continente, Ângelo Felgueiras parte agora para o sétimo e último desafio: o Monte Vinson, na Antárctida. A escalada dos 4.897 metros de altitude, o ponto mais alto de todo o Continente Antárctico, marca a conquista das sete montanhas mais altas de cada continente.
DIÁRIO DA EXPEDIÇÃO – VINSON 2012
24 a 29 de Novembro
Ângelo Felgueiras chegou no dia 22 de Novembro à cidade de São Paulo, no Brasil, tendo no dia seguinte viajado até à capital do Chile, Santiago do Chile.
No dia 24, já em Mendonza (Argentina), o alpinista ultimou os preparativos e fez um ponto da situação: “Já estou em Mendoza e já consegui ligar para casa! Estamos bem e amanhã vamos para o ‘campo’. Estou com sono. Há uns dias que não durmo bem por falta de tempo. Amanhã vou regularizar o assunto. Já estive com o nosso guia, foi muito bom. Tenho fé que vai tudo correr bem. A internet aqui não funciona muito bem.”
Na manhã seguinte, Ângelo Felgueiras e a sua equipa entraram em acção, começando a subida ao Aconcágua: “De manhã começamos o nosso ‘treking’. Saímos de Puente del Inca a 2750 metros para Conflencia, que é o primeiro campo de aproximação (3400 metros). Foi um passeio suave de aproximadamente 5 quilómetros e 650 metros de desnível.”
No dia 26, toda a equipa passou pelo normal processo para se habituar à altitude. “fizemos um treking de aclimatação á altitude. Fomos de Conflencia até Plaza de Francia, 15 quilómetros e picamos os 4100 metros. Voltamos para dormir em Conflencia, obedecendo a regra: ‘Climb high, sleep low’”.
Dois dias depois, a caminhada mais dura até então com a aproximação ao Campo Base: “Fizemos a grande esticada de aproximação ao campo base, conhecido por Plaza de Mulas. Foram sete horas a andar e 19 quilómetros percorridos com 900 metros de desnível. Estamos agora a 4300 metros de altitude. Foi um dia longo mas todos nós nos sentimos bem. Esta noite dormi muito pouco. A primeira noite a 4200 metros senti um ligeiro ‘mal de montanha’: dor de cabeça e fiquei um pouco enjoado… mas já passou. Hoje [dia 29] de manhã fizemos a visita obrigatória ao posto médico para verem o estado em que estávamos. Todos em forma. Amanhã [dia 30] vamos fazer mais uma aclimatação ao Cerro Bonete (5004 metros). Voltamos para dormir em Plaz ade Mulas, onde vamos dormir um total previsto de cinco noites.” – concluí Ângelo.