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Portugal entrou da melhor forma no Mundial de Surf da ISA, os World Surfing Games 2023, que decorrem até 7 de Junho em El Salvador e que qualificam para os Jogos Olímpicos de 2024.
Guilherme Ribeiro foi o primeiro a entrar em ação, na primeira bateria masculina do campeonato num dia marcado por ondas pequenas e algum vento. O surfista da Costa da Caparica somou um total de 12.6 pontos, batendo o venezuelano José Joaquin Lopez (11.10) e o suíço Fantin Habashi (6.97).
Seguiu-se Teresa Bonvalot — a única portuguesa já qualificada para os Jogos Olímpicos através da vaga da World Surf League — que, com um total de 9.97, se superiorizou a Valeria Ojeda, da Venezuela, (8.40), e a Saffi Vette, da Nova Zelândia (5.00).
Finalmente, Frederico Morais também segue no “main event”, tendo liderado a maior parte da bateria antes de ser surpreendido, no final, pelo venezuelano Keoni Laza, que com um total de 11.94, passou em primeiro. “Kikas” totalizou 11.83.
O Selecionador David Raimundo resumiu assim este excelente arranque da sua equipa:
“Foi um bom início de campeonato, com apenas três atletas na água, mas a cumprirem o objetivo de continuar no percurso de qualificação. Os primeiros dias nestes campeonatos são normalmente muito longos, mas tivemos a felicidade de ter os heats logo de manhã o que nos dá a oportunidade de regressar cedo ao hotel e iniciar o processo de recuperação e descansar bem.”
Acerca do que espera do campeonato, agora que está no local e já pôde observar ‘in loco’ os adversários, David Raimundo comentou:
O nível está muito alto, com muitos atletas do World Tour, outros da Challenger Series e outros ainda que não alcançaram esse nível, mas estão, ainda assim, muito fortes. Vai ser um campeonato longo e desafiante, mas confiamos na qualidade da nossa equipa.
João Aranha, presidente da FPS e líder da comitiva nacional, acrescentou às palavras do técnico:
“Foi um excelente início de campeonato, mas é apenas o primeiro dia e temos muito para andar. Vai ser uma competição muito exigente, mas o ambiente é excelente, a confiança é tremenda e vamos com tudo, sabendo que estão em jogo as vagas olímpicas, mas também os títulos mundiais masculino e feminino.”
Recorde-se que estes World Surfing Games de 2023 apuram os melhores surfistas de Europa, África, Ásia e Oceânia (uma vaga masculina e uma feminina por cada continente), para os Jogos Olímpicos do próximo ano. A América tem os Jogos Pan-Americanos para definir as suas vagas.