- Tiago Pereira ruma à final do Figueira da Foz Mens Open em dia de festa para Vasco Prata e Diogo Morais

- Gastão Elias desistiu antes da meia-final

- Final de singulares este domingo às 11 horas com entrada livre

A tão desejada final no Figueira da Foz International Mens Open entre Tiago Pereira

e Gastão Elias não vai acontecer. Elias acautelou qualquer risco de recaída de lesão e não entrou em jogo na meia-final, dando a Darwin Blanch um bilhete para o derradeiro dia do ITF M25 organizado pelo Tennis Club da Figueira da Foz com o apoio total da Federação Portuguesa de Ténis e da Câmara Municipal da Figueira da Foz. A prova encerra este domingo e no penúltimo dia houve festa lusa com o título de pares ganho por Vasco Prata e Diogo Morais, o primeiro nas respetivas carreiras.

 

Ainda decorria o início do segundo set do embate entre Tiago Pereira e o espanhol Alex Martinez quando se soube da desistência de Gastão Elias. O antigo 57.º da tabela ATP (atual 342.º) regressou à competição 42 dias depois de uma rotura muscular na coxa esquerda e atingiu de imediato as meias-finais, só que optou por poupar o corpo e abdicou de discutir o segundo título da temporada.

 

“Basicamente é precaução. É a minha primeira semana de regresso à competição e, apesar de me sentir bem fisicamente, uma semana de regresso é sempre uma semana complicada. Há um cansaço diferente, muita tensão, quatro dias consecutivos de jogos pode tornar-se perigoso. Já fiz até mais encontros do que pensava, não me posso queixar porque a semana correu bastante bem com três vitórias”, frisou antes de seguir numa curta viagem para a Lourinhã, de onde é natural.

 

“Não gosto de estar a competir com cautela, preocupação, e fico sempre nessa expetativa. Achámos melhor não ir a jogo hoje apesar de estar aparentemente tudo bem. Não me sentia confortável para fazer mais três sets se fosse preciso, é mais por causa disso”, referiu, explicando que nos quartos de final face a Pedro Araújo já andou a “dosear o esforço” a partir de meados do duelo.

 

Aproveitou Darwin Blanch (470.º), quinto cabeça de série, para avançar para a terceira final da temporada isto depois de ceder somente nove jogos ao cabo dos três êxitos já somados na Figueira da Foz.

A jovem promessa de 17 anos, antigo número quatro mundial de sub-18, vai à procura do terceiro troféu da temporada e da carreira (quinta decisão) contra um tenista da casa, tendo já superado Tomás Luís e Vasco Prata nas rondas inaugurais.

 

É Tiago Pereira (365.º ATP) quem o espera após seguir intratável em 2025. O algarvio de 21 anos carimbou o apuramento para a sexta final da época e oitava do palmarés ao bater Martinez (436.º) por 6-3 e 6-4 em 71 minutos.

 

“Sinto-me extremamente feliz por estar na final, sobretudo por ser cá em Portugal. Hoje recebi bastante apoio, foi muito bom, senti-me quase em casa. Foi de longe o meu melhor encontro da semana, espero que amanhã consiga jogar a um nível parecido”, comentou no rescaldo do 38.º sucesso da temporada.

 

O número seis nacional só enfrentou um break point em todo o desafio e foi um momento-chave no embate: a perder por 4-2 no segundo set, Pereira respondeu de imediato para amealhar os derradeiros quatro jogos do compromisso.

 

O campeão de dois títulos ITF admitiu não conhecer com profundidade o seu opositor da final, mas tem noção do que o espera. “Sei que é extremamente agressivo e que tem pancadas muito grandes. Vou tentar aguentar e impor o meu jogo. Pode ser que por ser uma final ele sinta mais pressão e falhe um pouco mais do que vem a falhar a semana inteira”.

 

Confiante em trazer para o campo o que aprendeu com as cinco finais cedidas em 2025 – é o português com mais triunfos este ano -, Tiago Pereira pode fechar a primeira edição do Figueira da Foz International Mens Open só com troféus para as cores nacionais depois da primeira cimeira decisiva ter sido festejada em português.

Contra todas as expetativas, Vasco Prata e Diogo Morais venceram o primeiro título profissional das respetivas carreiras. Na primeira final para ambos, e apenas no quinto torneio ITF em conjunto, os jovens lusos só cederam um parcial em todo o percurso e celebraram com os parciais de 6-4, 2-6 e 10-4 contra os espanhóis Rafael Izquierdo e Ivan Marrero, segunda dupla mais cotada da prova.

Sem qualquer sinal evidente de nervosismo, Prata e Morais entraram no duelo descomplexados e a mostrar o mesmo nível de todo o torneio. Sempre a carregar na rede à mínima chance e a cobrirem todos os cantos do court, os lisboetas de 21 e 20 anos, respetivamente, fizeram um match tie-break a roçar o excelente para selarem com um troféu a melhor semana carreira.

 

"Jogámos a semana passada [em Elvas], não correu tão bem. Mas tínhamos expetativa de poder chegar longe num destes ITF em Portugal. Queríamos jogar juntos, sentimo-nos bem a jogar juntos o verão passado. Jogámos bastante bem desde a primeira ronda à final e estamos muito contentes com o título", referiu Vasco Prata no final da cerimónia de consagração, sem duvidar da eternidade da ocasião. "Vou recordar este dia para sempre".

 

Diogo Morais, em férias letivas nos Estados Unidos da América tal como o parceiro, frisou "a química" entre os dois. "Somos muito amigos e estou muito contente por conseguir o meu primeiro título com ele ao meu lado".

 

O novo Figueira da Foz International Mens Open tem o epílogo este domingo às 11 horas, com entrada livre para todos os presentes no Tennis Club da Figueira da Foz.

 

Press-Officer: Steve Grácio 

Fotografias: Constança Correia