Este ano, realizam-se, em Londres, mais uma edição dos Jogos Olímpicos.

Tendo este tema desportivo como base, o Agrupamento de Escolas Sophia de Mello Breyner Andresen, na Brandoa (Amadora), promoveu um projeto escolar designado “Olimpíadas da Sophia”, que pretendeu recriar, numa dimensão escolar, os Jogos Olímpicos.

Na primeira das ações desta iniciativa, que contou com o apoio da Academia Olímpica de Portugal e decorreu de 12 a 16 de março, Carlos Lopes foi um dos presentes na cerimónia do hastear da bandeira olímpica, a que se seguiram um percurso com a chama “olímpica” entre as diversas escolas do Agrupamento, um debate com atletas e a projeção de filmes ligados ao olimpismo, entre outras.

 

No dia do debate e perante um ruidoso público, composto por largas dezenas de alunos, que recebeu os seus ídolos de uma forma efusiva, a par dos nadadores Simão Morgado e João Pina (natação adaptada), estiveram presentes os internacionais Francis Obikwelu, Jorge Paula, Rasul Dabo, Sónia Tavares e Tiago Marto, que, de uma forma contagiante, conseguiram cativar a entusiasta plateia.

 

Com uma postura simpática e acessível, não se esquivaram às questões, às fotos e aos autógrafos de quem vivia há muito na ansiedade de poder conviver com os seus “heróis”, conforme confidenciaram alguns professores na ocasião.

 

Falando dos seus casos pessoais, vários dos quais com infâncias humildes e em que as más companhias os poderiam ter levado para um caminho longe da glória e perto da perdição, os atletas mostraram a importância da persistência, do treino, do não desistir dos sonhos, do respeito pelos pais e pelos mais velhos (neste aspeto, Obikwelu teve um discurso emocionado e emocionante), mostrando que, paralelamente à prática desportivo com sucesso, existe um projeto de vida e que, mais do que grandes atletas, são grandes Homens bem formados.

 

Foi, sem dúvida, uma manhã, em que, de ambos os lados, todos aprenderam um pouco e todos saíram a ganhar.
 

Texto e Fotos de José Duarte