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Rita Vieira ganhou a Taça de Senhoras na Baja de Aragón, naquela que constituiu a sua primeira experiência além-fronteiras em provas de Todo-Terreno. O outro participante lusitano, Rui Oliveira, desistiu na sequência de queda.
A 31.ª edição da Baja da Aragón começou na Sexta-Feira com um Prólogo de 6,5 Km, e nos dois dias seguintes os pilotos repetiram a passagem por dois troços, respectivamente com 217 e 116 Km. Esta foi a 2.ª jornada válida para a Taça do Mundo de Bajas, que em Setembro terá em Portugal uma prova pontuável, a Baja de Idanha-a-Nova.
Entre 35 pilotos inscritos na competição FIM, no Prólogo Rita Vieira obteve o 32.º tempo, e Rui Oliveira foi apenas 34.º devido a ter ficado sem travão dianteiro após embater numa pedra. Por isso mesmo, na etapa seguinte arrancou na cauda do pelotão.
No Sábado, Rui Oliveira intentou uma boa recuperação, e no final desse dia era já 11.º classificado. Enquanto isso, Rita Vieira ascendeu ao 26.º posto, aos comandos de uma AJP PR5, moto portuguesa de 250cc, e ocupava o 2.º lugar entre as Senhoras.
No último dia de prova os concorrentes enfrentaram as mesmas especiais da véspera, muito degradadas pela passagem da caravana que também inclui motos e camiões. Rui Oliveira acabou por ter de abandonar depois de sofrer uma queda. Por sua vez, Rita Vieira cumpria o objectivo de chegar ao fim, o que fez no 21.º lugar absoluto, numa prova ganha pelo espanhol Gerard Farres. Mais ainda, graças à desistência de Laia Sanz, a jovem piloto de Vila Nova de Gaia conquistou mesmo a Taça de Senhoras.
Para Rita Vieira, esta constituiu uma oportuna experiência internacional nas Bajas, numa época em que tem diversificado o seu envolvimento desportivo. Após vários anos exclusivamente envolvida no Trial – modalidade em que além-fronteiras participou em provas do “Mundial” feminino e Trial das Nações – este ano Rita tem igualmente competido no “Nacional” de Enduro. Agora testou também a sua aptidão numa prova tão exigente e desgastante como a Baja de Aragón, e fê-lo com uma moto de 250cc, num pelotão dominado pelas máquinas de 450cc ou superior.
Além dos pilotos lusitanos, alinhou também nesta prova uma equipa portuguesa, o Team Bianchi Prata, cujo piloto espanhol Oriol Escalé (com uma Husqvarna) obteve o 6.º posto absoluto e conquistou a vitória na classe Júnior.